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letra de íntimo - dez & xtinto

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[verso 1: dez]
os bons momentos estão numa secção e o sexo são momentos
pura ligação de membros numa junção de 2 membros
é o nosso desporto colectivo preferido
sem faltas de contacto físico
onde a meta é o metafísico
os corpos pingam amor no seu estado liquido
é um vício cíclico que exponho em formato lírico
eu sigo as tuas pegadas
nas baladas não consigo dizer metade do que sinto…
intrigam-me as nossas intrigas mesmo que digas que não queres saber
não gosto das birras mas gosto das pazes e do que fazes para as manter
telefonemas infinitos, não temas os temas mais esquisitos
como quando sonhamos em sermos ricos
daqui as uns anos, tenho tantos planos bonitos
sentidos no consciente mas ciente do perigo
que digo que o ritmo do relógio traz escondido
mas o teu conforto é o meu porto de abrigo
eu consigo por vezes ser bruto, fruto de uma chatice
mas se eu disse que luto é um compromisso absoluto…
e eu c-mpri isso tudo!
à espera que sorrisses nas traquinices de miúdo
ao pé de ti vi nascer em mim um puto
se digo que p-sso tempo contigo é porque curto
deste surto de momentos que temos num espaço de tempo curto
na tua cara não pára o leite do rio, desculpa!
não é o defeito é o feitio que tem culpa
e o orgulho disputa uma luta
e as palavras são lançadas de catapulta, carregadas em cada culpa
eu não sou perfeito e tu também não, mas é o efeito de repulsão que tem feito a aproximação
e esta contradição não é de agora, já vem com tradição
sei de cor a decoração, sei que te adoro de coração!

[refrão: dez]
as horas p-ssam, e o tempo pára
a voz frac-ssa
e eu sem saber se te vou ter
se te vou ver

[verso 2: xtinto]
deita-te no meu braço até que o sinta dormente
no fundo já esperas que eu baze e que eu te minta novamente
agora retornado à base e é -ssim que eu mato tempo
e se ‘tou um bocado baço acabo do teu lado sempre
ouçam, o valentim não p-ssa quando ‘tou são
visão, o cupido baza e eu nunca o vi não
lição, vi-me em tua casa só que nunca fiz pão
perguntam-lhe se eu lhe fiz mazela mas ela diz: “não”
triste no meu despiste e mesmo -ssim eu quis-te tanto
mas o meu orgulho diz-te que mesmo -ssim não viste dano
moribundo, vagabundo do mundo ‘tou distante
o meu olhar é profundo, no fundo ele diz tanto
ando em ruas e ruelas
matando as tuas mazelas
eu sei que atuas com elas
e enquanto amuas revelas (que)
pintas o futuro em telas, senti que não posso vê-las
e apago estas velas porque sem ti não posso tê-las
a utopia que outrora via na nossa sintonia
era magia na hora que eu conduzia a sinfonia
contagia e devora agora o meu dia-a-dia
porque a alegria evapora, ‘tou fora da fantasia
o meu retrato é abstrato só que tanto faz de facto
no meu canto rasgo e mato, curo chagas deste embate
tu naufragas neste barco, saudades deixam-me parvo
é ter fome do teu amor mas mandar p’ra trás o prato
sentir frio do teu calor, guardar satanás num frasco
ler o rótulo e dar valor até tu saltares dum pinhasco
eu sei que tu queres que eu baze sem outras mulheres no braço
mas mal eu fique baço sou imp-sse no teu espaço
se eu limp-sse o p-ssado juro que p-ssava à frente o p-sso
p’ra mudar o futuro que é o presente que hoje traço
eu prometo bazo, entretanto eu ouço praso
mas “tempo, amor e saúde” tão a ficar fora do prazo

[refrão: dez]
as horas p-ssam, e o tempo pára
a voz frac-ssa
e eu sem saber se te vou ter
se te vou ver

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