letra de virada de mesa - desnorteado
[patrão]
tá aqui o pagamento, ó
[empregado]
ué, patrão.. só isso, patrão?
[patrão]
ué, queria mais o que?
[empregado]
po, mas isso não dá nem pra dois pacote de fralda pro meus filho, patrão.. mas eu não trabalhei o mês todo?
[patrão]
é, mas podia ter rendido mais.. fica se atrasando, faltando
[empregado]
eu já falei, patrão, minhas criança não pode ficar sozinha em casa, eu moro longe, o senhor não entendeu?
[patrão]
quer caridade vai na igreja, rapá.. eu me esforcei pra chegar até aqui
[empregado]
o senhor herdou a empresa do seu pai, patrão..
[patrão]
como é que é? sai daqui, sai daqui.. não volta mais não, porra! ah, empregadinho de merda!
[empregado]
taquepariu, caralho, devia ter ficado quieto.. não dá não, cacete. porra, eu tô fodido.. minha vida tá uma merda. quer saber? quer saber? foda-se, acabou a paciência. acabou essa porra de ser honesto, certinho, foda-se.. agora acabou a brincadeira
[refrão]
romperam com a barreira do certo e do errado
acabaram com o limite, o monstro foi criado
agora é guerra, agora é a vera, sem paz
que o julgamento de valor já não existe mais
[verso 1]
pelotão de ataque surpresa, não tem choro nem vela
escolhe o teu lado porque o baile é de galera
rasteira nos menor desavisado da esquina
carteira tá batida, dos playboy, das patricinha
eu não nasci no crime, mas se liga na mensagem:
acabou a paciência, começou a atividade
andar em linha reta tomou rumo indesejado
e, num lugar nenhum, eu fiquei encurralado
agora sai da frente, que eu tô desnorteado
o ritmo mudou, é melhor ficar ligado
se cruzar meu caminho, escuta bem esse recado:
toma tiro, facada no peito e vai parar sangrando no fundo do lago
sem maiores delongas, sem muito mimimi
certinho toma bola e vê os errado sorrir
subúrbio vai me ver, zona sul vai me temer
playboyzada vai chorar, vai implorar pra eu não bater
[refrão]
[verso 2]
p-ssou cartão, perdeu a senha, vai ser clonado
celular na mão na rua, vai ser tomado
carteira com dólar e euro, ficou comigo
e se tentar gritar ou correr, tu tá fodido
dinheiro do patrão, nada de trabalhador
que eu não sou vacilão pra roubar pobre, não senhor
insulfilme não adianta, que eu tô vendo tu chorar
e a blindagem do teus vidro não segura a minha ak
é granada no banco, é bazuca no cofre
dá licença, vigilante, vou tomar o carro forte
travado lá na fonte, sem pena nem remorso
vai perder o patrimônio, vai morrer o teu negócio
perfume importado, tv de 65
vai perder tanta grana que tu vai virar mendigo
eu vou colonizar tua mansão de veraneio
pode vir a federal, que eu já armo o tiroteio
[refrão]
[verso 3]
pó na minha mão é 30, comprei por 10
chega perto, viciado, mas tem que beijar meus pés
a missão já tá formada, é a correria dos soldado
vou rir da tua cara com meus bolso recheado
todo mundo sabe, o ponto é aqui
vira a esquina, segue reto, de longe tu vai ouvir
a porrada no sistema sonoro que nunca pára
o comércio segue solto, no arrego, dando na cara
na boate eu sou o rei, tem bala, tem doce e pó
tem seringa, tem haxixe, tem maconha, tem loló
os cliente satisfeito, os vidro todo embaçado
dinheiro, ostentação, vários carro importado
e que se foda as críticas, eu faço acontecer
a vida pede fogo, é matar ou morrer
sem medo do pior, tem que tá preparado
se pisar no meu calo vai sair esquartejado
[empregado]
calma, cara.. calma, cara.. respira, respira.. o justo vai vencer, o justo vai vencer.. calma, cara.. isso, vamo pra casa, vamo pra casa..
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