letra de como é que se faz? - descruzo
[letra de: “como é que se faz?”]
[verso 1]
choro atrás de choro, conversa atrás de um motivo
para combater o sono e lutar pelo que não tive
não procuro desabafar só quero descrever a dor
não consigo ver a cor porque ela mora no interior
e quando ela é assim, a cabeça nunca está grata
tu pedes uma corda e recebes uma gravata
tu pedes algo em troca e deus dá-te um conselho
mas só penso em ir embora sempre que me olho ao espelho
culpem as sequelas da genética divina
até duvido do meu dom para escrever uma rima
preso à adolescência e não tolero outra mudança
já apertei tudo o que sinto e nunca senti segurança
“sai do quarto pedro, antes que isto acabe cedo”
nem às minhas paredes eu confio algum segredo
talvez a cota se orgulhe se eu trouxer algum dinheiro
mas os sonhos que eu tenho não me enchem o mealheiro
deslizo nessa terra ou lanço mais uma à tabela
sic ou tvi, eu tenho ideias para uma novela
por muito que eu fale tudo isto é tempo de antena
e eu aponto para mim mesmo para vos dizer o problema
tanto que já escrevi, tudo a ganhar pó na estante
‘tou a viver em contramão e não encontro o meu volante
tenho líquido a mais e no sentido literal
eu podia ser um mapa que vos liga ao litoral
papel enrolado numa bola sem destino
que eleva as promessas de menino
ao menos estou vestido e tenho comigo comida na mesa
mesmo com sopa no prato eu não fico p’a sobremesa
nunca fui atrás do topo, no arranque eu tive um furo
vi uns saltar barreiras e eu nem saltei o muro
doente nesta vida ou esta vida é uma doença
porque uns vivem pela cura e eu não me dou pela diferença
certo ou errado se é errado é mais incerto
aquilo que deus cobriu ninguém encobriu ao certo
nunca tive muito, mesmo que eu tivesse tudo
mas eu sofro pelo que sou e o sintoma é tão agudo
(nunca olhes p’a trás e aguenta-te sempre de pé)
a única coisa que anda sempre a olhar p’a trás é o meu boné
meu melhor amigo, parceiro de tanta viagem
loucura na cabeça, foi ele que fez a filtragem
práticas comuns de coisas que não são aceites
pensamentos ditos lógicos tornam-se imperfeitos
com quinze a pensar no que contar às minhas filhas
vou chegar lá mais destruído que a sola das minhas tilhas
vou limpar a cara p’a voltar a entrar em casa
(fechar as minhas asas)
[refrão]
como é que eu imito aquilo que todos adoram
como é que eu limito o tempo das minhas horas
como é que eu resisto…
se desde novo me têm dito que os homens nunca choram
como é que eu imito aquilo que todos adoram
como é que eu limito o tempo das minhas horas
como é que eu resisto…
se desde novo me têm dito que os homens nunca choram
(choram, choram)
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