letra de museu - davide lobão
é num limite que se desenha a aflição
num preço curto que se paga a intenção
e um só braço cala todo um chegar
quando ir embora é que não dá para ser
na minha presença faro o óleo que me engrena
recuso a casa outra face que se entrega
se é para bater parte deste lado
reconhecer é tarefa de outro prado
que me importa onde estou se não for eu
quem se monta quando não se quer museu
que me importa se desejo acabar
nunca finjo porque há parte que em mim quer mudar
que eu quisesse até ser resolvido
acabar o mundo e eu cá recolhido
que medo dá, que medo é que tem
subi demais e pouco foi para mais ninguém
que me importa onde estou se não for eu
quem se monta quando não se quer museu
que me importa se desejo acabar
nunca finjo porque há parte que em mim quer mudar
pudesse eu ser resolvido
pudesse eu ter preferido
pudesse eu ser resolvido
pudesse eu ter preferido
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