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letra de minha arma (outro) - dário inerente

[letra de “minha arma (outro)”]

[intro]
yeah

[refrão]
driblando a morte todo dia
amores vão, você fica
vivo tragédias em silêncio
minhas vitórias mais ainda
entre sumiços, minha rotina
pelo mistério que erradia
vejo a essência na pupila
preces ao sol que ilumina

[verso]
jovens se drogam nas praças
entre sirenes, buzinas
eu sigo na caça dos loops, timbres
e as coisas que inspiram
e gosto mesmo é de um bom jazz
de um bom rap, poesia
eu gosto mesmo é da minha paz e da família
invento o cais, me sinto milton
nos becos, vielas, trilho e sem roteiro, fi
o mundo é um pênalti aos 45 e eu não cochilo
e quem não tá perdido atrás de ser mais livre?
quero dizer, dеve ter asas ao amar o abismo
é a mesma fomе de infinito
sonho vagalume, um rito
difícil
bebi demais, fumei
tenho meus motivos, amor
sou emotivo e, sim, assim me sinto vivo
rato de bueiro, raro é meu jeito e dos meus amigos
paz pros que estão vivos
pros que se foram, que descansem
sei, nas ruas sonhos vão tal fichas em cassino
esperam um mc vendido
eu quero é que se foda
decidi que em cada linha eu ponho parte do espírito (check)
me sinto um alquimista, transformando a dor em ouro
me sentindo tão faminto, quero minha parte do bolo
sai da frente, loco
eu já ganhei desde o começo ao entender que isso nunca foi um jogo
[refrão]
driblando a morte todo dia
amores vão, você fica
vivo tragédias em silêncio
minhas vitórias mais ainda
yeah, minhas vitórias mais ainda

[ponte]
esquinas que criaram monstros, forjaram minhas dádivas
e eu que faço a minha estrada
no coliseu, meu coração é minha medalha
yo, minha fé é minha arma
check
yeah
amém

[saída]
“uma palavra escrita não pode nunca ser apagada.
por mais que o desenho tenha sido feito a lápis e que seja de boa qualidade a borracha, o papel vai sempre guardar o relevo das letras escritas.
não, senhor, ninguém vai apagar as palavras que eu escrevi.”

- dario inerente

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