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letra de eterna odisséia pra luz - dário inerente

[verso 1: inerente]

subjacente quadro vasto
esculturas do (a)caso :
entrelinhas do pleno
o véu que tudo permeia – sacro

palmilhe a terra, sinta o chão
harmonia à interação
atente ao microcosmo, criação…
como o infinito na palma da mão
a concordância da alma sobre a cor da gratidão
renega a busca
afinal o que tu buscas?
sei do eterno ciclo de escrituras nas paredes do universo
sendo o ódio, a luta – o que nos prende aqui
o amor: a cura, caminho a se seguir
e clausuras dos que desconhecem a si…

a s-m-nte é da alma pura
então entenda-se, observe-sе
faça ligações
olhe suas ações
mova-sе para o bem
plante amor… não só a quem lhe convém
à reivindicar a posição. co-criador
afoga-se no impoluto postura
não como privação, sim liberdade
fantasiar caminhos a realidade
eu digo asas ao espírito, sem apego ao físico
pela renovação do fim se fez início

[ponte]

as grades do cárcere. como mármore
brilham e atraem
refletem paixões nos olhos de aldeões da terra

até que desfrute da glória de amar
negará o bem. e será seu próprio inimigo

se reconheça no próximo
entenda a totalidade
autoconhecimento é o caminho pra libertação
a jornada é interna
eterna odisseia para luz

[verso 2: inerente]

e a natureza em transição
corpo alma e coração
além disso, a consciência coletiva
olhai indícios
logos
e as informações do princípio
fractais. vibrações. um só ritmo
o transcender se faz presente…
a formula e a mente autoconsciente
que se interpreta e no que vê se sente
fios do tecido infinito
essência onipresente, estamos em tudo
ao lado do escuro pra ver as partículas
a vida como a colheita infinita
filtrando cada gota de energia através dos campos
zelando ao cedro em nosso antro

- dario inerente

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