letra de droga têxtil - damaz mc & kyra
[verso 1: kyra]
não há cabimento deixei roupas velhas no cabide
não limpei o armário eu destruí
quem arruma a casa fica à espera dum convite
porque é que eles se esqueceram que eu era um mau vizinho?
eu não convivo, com donos ou treinadores
fiz a minha torcida gritar pelo meu nome
eu sinto o cheiro do campo, levanto-me mais forte
qualquer adversário contra nós leva capote
e sem esforço, não dou troco a tropas
que se batem de notas mas quе valem tão pouco
eu já fazia rap antes de tе passar nos fones
e sempre tive mais fome, por isso é que ainda aqui estou
a minha própria vida ligou-me
a perguntar se é dia de ir mais longe, a visita acabou
a minha vida é mais do que isto e na verdade só a ela pertenço
agradeço a quem me largou
verdades são para dizê-las e pr-nto, não olho pelo ombro
encaro pela frente, mais umas facadas no lombo
já estive no lodo e não querer sair é só estranho
por isso venho agora aqui dizer que acabou, xau
[verso 2: damaz mc]
eu visto o mesmo ‘fato’ há anos
puro – não arregaço as mangas. (pele)
não há truque por baixo dos panos
não sei porque ainda me estranhas
não há manhas, só manhãs
há queimar as roupas que me mandas
ser verdadeiro contigo faz-te centrifugar as entranhas
digerir-me é ácido
em meio ao plástico
o efeito é rápido
prático p’ra mulas caso nos engulas em cápsulas
as mudas? bárbaras
furam-se as escapulas transformando-se em asas
uma dose chega p’ra sentires as vagas
de calor, verdade é fogo
não te aproximes do brinquedo de apollo
sem pudor, cais
apercebeu se icaro – veio ao solo –
que até p’ra ‘fugir’ deve haver um protocolo
o que pouco ouve e escuta acaba sempre
prisioneiro de si próprio
querer é ópio
saceia ou mata sem uma boa conduta
também queria ser um gigante
mas não me ligavam nenhuma
fiz o meu, cresci e ameacei o trono dos reis
cartas chegam como nunca
perdi as chaves do correio (sh-t)
eles querem nos ver bem mas nunca melhor que eles
eles querem nos ver bem mas nunca no lugar que é deles
ou dito deles
vomito neles
lavem se com uma cápsula na boca
assumam a vossa pele
fodam-se a roupas
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