letra de cara de sorte - dalsin
[verso 1: dalsin]
ei primo, hoje tá mó bronca, mó barra e eu matando cão a grito
e o pote de confiança que cismou em se esconder atrás de um olhar bonito
e esse chá de camomila já não acalma, e eu conheço a escuridão como minha alma, chefe
da janela do pico eu só vejo o constrate, essa city é mó fauna
e essa areia tá tão branca, chapa, aquele lip vai quebrar tão claro
o flá apareceu com o ninho faz uns 15 minutos, com um do gold raro
o feriado tá tão chato, e eu me sinto tão fraco, man
sem companhia pro meu papo, eu levo a vida e arrecado umas notas de cem
tudo tá tão cinza mas o sol vai brilhar forte
e só por hoje eu me sinto um cara de sorte
degusto um velho rum e escuto o som do della
e sem sentido algum, eu cismo em escrever pra ela
e quando eu digo della eu digo o predella, saca?
que dam-ssa é o crime
podia ser de la soul mas não dou moral pra gringo, e dam-ssa é meu time
eu corto as noites bom, vim garantir o pão
e outra madrugada em claro vai me garantir o som
eles apontam o dedo sem saber, por onde eu andava
e eles sorriam mesmo sem saber, por que eu chorava
eu sinto a calma de uma noite a lá cocaine
cano na cinta e eu ainda tô no game
a retina filtra as cores, andamos no fio da navalha
eu trouxe fatos, não rumores, e os logos escondem as falhas
tá tão tenso o clima aqui, alguém deixou no copo a sobra
minha mente tá tipo as ruas da madá, em dias de copa
um milhão de bagulhos p-ssando,essas fitas me pilha, chefe
umas contas vencendo, umas multas chegando, e uns bangs de família
faz um ano que não vejo o gordo, e eu pedi não mosca
rodou numa fita tão tosca e às vezes a garganta enrosca
eu tô bolando um plano pra esse ano ficar rico
eu vou ligar uns caras, e se pá mais tarde eu fico
vendo a city do alto, emplacando uma sequência
eu aprendi que o bom da vida é viver em turbulência
não quero nada instável, quero algo incrível, menos dramático
fazer um corre plausível, em outro nível e ter o flow mais fantástico
sinto que posso pôr o mundo na minha palma
mas minha mulher diz que eu devo ter o dobro de calma
e se a cabeça ferve, na pressão dessa sauna
eu tenho o dobro de motivo pra ter o mínimo de alma
[verso 2: spvic]
(porra dalsinho pra que que tu tá dando ouvido, mano? essas hora, truta)
vontade não falta pra quem vem de longe com ambição e um objetivo
gata, obrigado por estar me esperando
é só esse o motivo que eu ainda preciso e só
tô contigo e só
largo rolê, amigo e fico na menor
pra te ver melhor, se eu ja sei de cor que é no tato
responsabilidade é muito chato
e é fato
embarco a cada cinco dias
rotina e trabalho tomando minhas vias
sem filho, mas pai de todas minhas crias
me vi expandir pela necessidade
supri a vontade de salvar parte de cada cidade que ainda não sabe
onde nasce a lucidez que mantém na vantagem
(aí chega nessas hora irmão e fica nessas idéinha, não dá né truta?)
converso e consigo, imerso no ofício, verso por motivos mínimos demais pra ti
confie em números iguais vai que, sei lá, você me liga e inventa motivo ou alguma treta
eu nasci mas não vou morrer por causa de…
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