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letra de ensaio - dakush anovi

(tá vendo ai?
todo mundo pra tu é filha da puta, mané’
por isso que eu tô indo embora
aí, me amarro na tua
não vou entrar em contradição contigo, não
sou teu amigo pra caralho
bota na tua cabeça que eu tô indo embora
gosto de tu pra caralho
mas não da mai’ pra mim, não,)

manos sem foda nem estética
cascas vazias
pr-nto pra arrancar que nem castanha
quebrar e jogar fora
nego’ já não sabe mais fazer essas fita

aonde eu moro me chamam de chaveirinho
(é quente)
meu irmão devia ter sido um diferente
um mais pra frente
por isso ele conseguiu sair daqui

mеu mano me disse que tava passando frio
(é foda)
já faz um tеmpo que eu tô cansado dessas coisas
do mundo lá fora
disse pra minha mãe que eu ia conquistar o mundo
hoje eu tô vendo ele me quebrando-
pedaço por pedaço
cada dia após dia
(é quente)

se pá’ meu nome não é defendido
na minha ausência
mas o silêncio que tem quando eu chego
já é muito mais que o suficiente

vi a felicidade exalando do fotógrafo
aqui da minha quebrada
depois que ele comprou uma nikon
depois de uns vinte anos na caminhada

trombei meu professor de português e de história
hoje na minha padaria
será que eles estariam enojados? ou admirados?
o que eles lecionaram servindo pra eu escrever essas merda

sorria mais e exale sua energia
não deixe ninguém ofuscar sua luz
com a negatividade e a malicia
a lua que você tem é só sua
e ninguém pode te tirar isso
hoje eu acordei feliz
por saber que tenho uns amigo’ muito foda do meu lado
decidi me isolar, pra poder pensar e agradecer
por ter cada cara foda perto de mim

vodi ushanka, dakush ou o vouhaa
são todos arquétipos de um mesmo moleque
todos refletindo um pedacinho de mim
e é disso que eu quero, é disso que eu falo
falo sobre a sinceridade de ser você mesmo
um dia após dia, um pouco mais a cada dia
ser você mesmo

a honestidade é a base pra tudo, irmão

“sit and watch it burn
i once said, i once said
now i spit up on the fla-
-burn
i once said, i once said
now i spit up on the fla-
-burn
i once said, i once said
now i spit up on the fla-
-burn
i once said, i once said
now i spit up on the fla-,”
(caralho, muleque’, ae’, papo reto
tá muito bom, mano. tá muito bom, mano
papo reto, viado’
não é nem porque tu é meu amigo nem nada assim, mano, mas tá…
nossa, loco’, tá- tá bom demais, mano…
me arrepiei todinho’ aqui, ô, menino sol…
caralho, muito bom, malandro. muito bom
vou- vou mostrar pro’s caiçara agora, mano
vou… vou citar na banca lá, dos… dos menó’ pedrinha
pra eles escutar e se… e se evoluir aí…
papo reto, mano. tudo de bom, mano

mano, papo reto. eu lembro da- do primeiro beat que tu fez, mano
parecia aqueles… aquele… aquele joguinho lá, “tetris”, tá ligado?
aí agora- mano, como que tú saiu daquele bagulho lá?
daquele- daquele beat lá que parecia tetris?
pra isso, mano?!
caralho, muleque. tu evoluiu pá’ porra, mano
vai… vai dar de 10 à 10 nos muleque, mano
vai dá’ de… 10 à… 10 à 1000 nos… nesses muleque aí, viado, papo reto, mano
quem- quem que é anticonstan- quem é que é anticonstantino perto do… do… da… do akin, mano?
quem que é perto- quem que é… quem que é mu540, mano?
quem que é dj mu540 perto de você, muleque’?
quem que é ? quem que é esses- quem que é-
quem que é alok?
toma no cu do alok, mano. pau do cu do-
pau no cu do alok
sou fechado com o arthu’, não fo-)

- dakush anovi

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