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letra de prefácio - daime

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letra de “prefácio” com daime & flavio labanca
[verso 1: flavio labanca]
e se as paredes fal-ssem?
não as mesmas falácias de costume
e se as mentiras contadas fossem verdade
e se a maior de todas elas é a saudade?
sozinho onde tudo dá um nó
tento entender basquiat, vivendo igual belchior
na terra de gigantes, o melhor, dou meu sangue
muito longe de ser gandhi, a paciência ainda é menor
e todo dia que eu acordo é outra história
o mesmo livro, outro rabisco, a mesma sala, o mesmo disco
disciplinado igual a um samurai
to construindo meu legado pra não ser igual a meu pai
mente de escobar, buscando a paz igual sidartha
e a coragem dos 300 de sparta
sem confiar em nada, a mesma mão que me af-ga
em pouco tempo é que me fere com uma adaga, saca?

[ponte]
e se as paredes fal-ssem?
não as mesmas falácias de costume

[verso 2: daime]
poeira entre as páginas do livro da vida
somos uma só mente nesse ciclo da vida
joga sua s-m-nte ao solo fértil da vida
pois todos somos vida ao renascer da nossa ida
esse é o ponto de partida até um novo mundo
de quem enxerga além de si, pra se sentir parte de tudo
excluso desse meio, em meio termo não me iludo
resolver causa e efeito, é necessário mais que estudo
profundo como um poço nesse superficial quadro de rimas
parece necessário o suicídio da auto-estima
escrevo acima da tola ambição, tira lição
qual é sua intenção ao enxergar sem visão?
preso no instante em reunião com meu reflexo
o peso no semblante e a depressão em anexo
convexo ao plano que prende corpo ao intelecto
me afasta de quem amo, sou orgânico e sintético
sou desconexo em simultâneo a chave
encontro o nexo de ser humano sem nave
parece complexo: eternidade ou fases?
e se eu resumisse o prefácio do ciclo em uma frase?

[saída]
mas não dá
simplesmente não dá
e é isso

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