letra de solitária - d.d.h.
[intro]
d.d.h., d.d.h., d.d.h
d.d.h., d.d.h., desgraça
[verso 1: mobb]
tô no canto do quarto, olhos pedem amparo
na garganta catarro, o tempo p-ssa aperto o barro
tiro um cigarro do maço, aguço meu faro
masco uma folha de coca enquanto eu faço contato
com a dimensão onde os prantos fortificam os fracos
cria de draco, com dark e baco no barco
em roda de ladrão, boião não dá um trago
minha companhia trago, panelinhas estrago
eu não to vago, reflexões do tempo e espaço
a alegria residia na coca ou no bozo
bom moço espera reconhecimento pelo esforço
louco, tô escrevendo com uma corda no pescoço
ancorada no meu império morto… que saco victor
óh você delirando de novo
um ser humano lobo, preso no mundo dos corvo
depois de nós é nois de novo…
[ponte 1]
d.d.h. e dark na solitária, que parada hilária
que parada hilária
d.d.h. e dark na solitária, mas que parada hilária
mas que parada hilária
d.d.h. e dark na solitária, que parada hilária
que parada hilária
d.d.h. e dark na solitária
a matracata destravada, se vira contra as balas
[verso 2: baco]
só obedece quem tem juízo, então mande
te deixo tetraplégico pra depois falar: – ande
sou de outro plano astral, mano e a terra é minha solitária
lágrimas viram água sanitária, parada hilária
meu chegado, quem dá mole é molestado
é a vida mesmo que eu ache errado
encarcerado com a mente presa em meu corpo
presa afiada e juba grande, não adianta se o leão tá morto
minha mente foi embora pra bogotá, pra dançar
chegou lá e viu que era bagdá e mesmo -ssim achou conforto
seja um metamorfo, entre o m-f- da parede, uma pistola na blusa
letal como a pica que matou cazuza
é o dedo que acusa, você que usa a arma ou ela te usa?
o berro tem o canto da sereia e o olhar da medusa
olhar da medusa…
[ponte 2]
d.d.h. e dark na solitária, mas que parada hilária
que parada hilária
d.d.h. e dark na solitária, mas que parada hilária
que parada hilária
d.d.h. e dark na solitária, mas que parada hilária
mas que parada hilária
d.d.h. e dark na solitária, na solitária
na solitária solitária…
[verso 3: dark]
me sinto só, espiritualidade em conflito
tiro um pitaco dos meio quilo, estico em um prato de vidro
avisto um amigo seguir no rumo ao mesmo abismo
como treta contigo se a ambos foi propício
mesmo precipício desde o princípio, direto do hospício
amigo jaz atrás do que é branco e não traz inspiração de paz
ser em conflito, eu meu próprio inimigo
quando permito que o que é químico deturpe o meu psíquico
me sinto psycho aliado, capaz de dar curto circuito
nesse hospício na missão de acender um baseado
cuidado com quem anda do seu lado, cê não será apunhalado
a moda é boicotar “cadaço” para que você
se atrapalhe em seus próprios p-ssos
ser meu espaço, palhaço rirá enquanto seu circo ir a baixo
eu, mobb e baco, saqueadores do barco
nem todo tripulante nada, mas pirata não morre afogado
eu tô ligado, simpatia do caralho, me conspiram
e me abraçam, pai avisa: esse abraço é falso
nós tá bolado, no rap, no braço, nos quadros
e na lei dos quadro é cada um no seu quadrado
viado…
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