letra de identidade - colectivo 258
[verso 1: neno]
só vim aqui meter o nojo
com o sotaque do norte
quem gosta, engole
e quem não gosta, cospe
pesado como o bagaço minhoto
vou-te embalar ao som daquilo
que é mais puro e difícil de encontrar
fabrico caseiro sem passar na capital
4900 viana código postal
envelhecido em casta de pinheiro
monte do galeão
da cave 258 sem trair a tradição
[verso 2: onakep]
coloco em prática enquanto -n-liso
nunca de forma errática
por vezes, paralizo
rompemos a sintática
rasgamos todo o piso
a nossa matemática é calcular os sorrisos (258)
mais forte do que tu viste
tou de volta, insisto em entrada de pé em riste
tu nunca viste disto
rap puro ainda existe
e nós sempre o fizemos
quem pergunta onde ele andou
basta saber onde estivemos
[verso 3: trocadilho]
no verão de embarcação
preservamos testemunhos escritos
somos poucos mas representamos muitos
barco pirata
gil eannes curandeiro dos mares
dos males, dos azares, sobe a bordo (estamos juntos!)
piratas ou poetas, dispensamos os pijamas
e as más línguas e os artistas que se moldam noutras camas
somos autónomos, trabalhamos os erros
bordado no coração de viana
o lenço que temos
[verso 4: edsom]
soldados da paz
mas pr-ntos para a guerra
proteção do nosso rap, da nossa gente
da nossa terra
toma arte em bruto
sem alterações, tudo puro
velha escola, aprendi muito
desde puto muito estúdio, és maluco!
muita rima, muito beat e muito fumo
dentro de quatro paredes
muita batida por minuto
onde dicas dizem tudo
de onde vimos, o que sentimos, em absoluto
bem vindos ao nosso mundo, 258
[verso 5: tuka]
santa luzia, lá em cima
vigia a sina que vivemos
um gajo vive a vida enquanto ela vira apontamentos
cada falha serviu para nos tornar mais competentes
hoje no campo de batalha vês combatentes com patentes
menos paleio, mais trabalho
não me chateio, mas não descontraio
faço rap lendário, foda-se quem diz o contrário
tou-me a cagar, eu sigo em frente
sempre assim foi
de viana para sempre, é 258
[verso 6: ré menor]
eu sei o meu caminho, bem antes do rapresálias
não é nos dias de hoje, “tou preocupado com medalhas”
com taças e c-n-lha
sou daqueles que avacalha
ré menor da fat cl!ck
reconhecido porque trabalha
oito álbuns a solo
com 258 e lente
20 anos no ativo, puro rap vianense
r.a.p do rio lima
máfia cais novense, underground e genuíno
interventivo como sempre
[verso 7: agah2o]
mais originais, magistrais
rimas e instrumentais
sinais vitais em forma de obra-prima
sem mensagens virtuais
nem ilusões virais
há agitações cá no cais com a maré que se aproxima
sem questões geracionais
mais ou menos racionais
os motivos são musicais e ainda por cima rima
damos pistas em canais
com linhas sinusoidais
mais reais que revistas e jornais
sê bem vindo à foz do lima
[verso 8: che]
258 sintoniza a frequência
damos-te barras reais
não vivemos de aparências
longe de flash’s e blocos viciantes
representamos o underground
estamos por trás dos cortinados
mais empenhados, representamos uma bandeira
viana do castelo está no mapa
[?] trincheira
do cais novo à ribeira
unificamos duas margens
do mattuu à porta 3
soldando imagens em mensagens
[scratch: dj fat cap]
letras aleatórias
- letra de deh smesh - upchurch
- letra de cdn - buka, k2
- letra de paranoia - osiris_dajo_sick_benoit
- letra de το 9ο φετίχ - bdelygma
- letra de who made me - gashi
- letra de sea foam - bodi bill
- letra de duchowy kompas - paluch
- letra de comfortably numb - alan white
- letra de diganle - karina
- letra de cavalier noir - benash