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letra de comeback - chippie

[letra de “comeback”]

[intro]
ahm-ahm, let’s get it, ya

[verso 1]
a minha vida eram queridas e uma batidas tight (uh)
na mesa da vida não havia bebidas light (nepia)
eu disse: “mais uma guita e toda a minha vida vai-se;
se nada na corrida era vida pa’ ser uma vida nice” (não)
eu ‘tava noutro mundo onde era tudo gosses (shh)
a viver o presente sem ver futuro próximo
eu tentei tirar da mente, o hype fez me ser diferente
eu peço desculpa a toda a gente, ‘tava num mood tóxico (sorry)
bad vibes na cabeça era um posto, aparência dum tosco
a bater c’a cabeça no encosto, cabeça no poço
mais lenta c’a presença dum coxo (tshh)
cabeça presa com toda a tristeza imensa no rosto
saudades do meu boy leandro, os improvisos ‘tão parvos (mô’ boy)
não haver guita pa’ nada e ter sorrisos tão graves
és meu irmão, nunca ‘tavamos deprimidos, tu sabes (nunca)
mas hoje o teu irmão é só comprimidos com sagres (lub-lub)
largar o rap não ‘tava posto na lista
agradeço à toda a gente que me tem posto na pista (thanks)
problemas vieram juntos e eu fui posto na rixa (fui)
daí eu ter sido impulsivo e meter o post no insta’
eu sei que errei e ‘tive mal, o ego cede a dor de corno
‘tive que por a rédea curta, ‘tava cego e com motor
já mais é a última lap, o peepz cede o condutor
e por mais q’eu não siga o rap, o rap segue-me pa’ onde for (ya)
[refrão]
voltei c’a merda do meu som
cada vez q’eu passo, eu passo quebra no meu flow (yeah, yeah)
aqui há regras no meu show
por isso é que hoje em dia não quero rappers no meu som (au)
voltei c’a merda do meu som
cada vez q’eu passo, eu passo quebra no meu flow (yeah, yeah)
aqui há regras no meu show
por isso é que hoje em dia não quero rappers no meu som

[verso 2]
mãe, aceitaste o facto de eu fazer rap quando não havia estojo (ah)
quando toda a gente duvidava que não tinha estofo (nah)
do nada ‘tava c’o valete, tu nesse dia foste (foste)
eu ‘tava tão emocionado q’eu só fazia esforço (me’mo)
mãe, tu ‘tás sempre bacana até me’mo num dia froxo
se rap desse grana sabes bem onde é q’eu te tinha posto (pódio)
fizeste-me ouvir o meu som quando eu só via fosco (fizeste-me)
fizeste-me ser o homem q’eu sou até ao dia de hoje (hoje)
boy, eu ‘tou grato a toda a gente de verdade
aos fãs que paravam na rua tipo agente fardado
a vida sorri a quem realmente é gente de verdade
e deixou de ser difícil ver que há gente que mente de verdade
‘safodam esses filhas da puta, eu digo aquilo q’eu quiser
podem ficar c’o q’é meu e tudo aquilo q’eu tiver
hoje eu ‘tou pleno, boy (agh), e diga aquilo q’eu disser
eu vou ser sempre o me’mo boy faça aquilo q’eu fizer
(tentei bazar, mas há merdas que ainda me agarram no trabalho)
(a vida que me tentou foder hoje ela agarra-me no caralho) (tshh)
largar o rap, acreditem, nunca foi carta do baralho (não)
eu ‘tou de volta e com uma garra do caralho, portanto aguardem
seja trap ou drill, também sei que aguardam um boombap (yeah)
é verdade eu ‘tou mais gordo, um gajo enfarda do bom mac (fat)
fiquem lá a falar de mim q’eu visto a farda do comeback
porque agora q’eu ‘tou aqui ninguém vos larga do bom rap (que horror)
[refrão]
voltei c’a merda do meu som
cada vez q’eu passo, eu passo quebra no meu flow (yeah, yeah)
aqui há regras no meu show
por isso é que hoje em dia não quero rappers no meu som (au)
voltei c’a merda do meu som
cada vez q’eu passo, eu passo quebra no meu flow (yeah, yeah)
aqui há regras no meu show
por isso é que hoje em dia não quero rappers no meu som

- chippie

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