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letra de romance do mascarado - césar oliveira, lúcio yanel e rogério villagran

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era tordilho o “mala-bruja” que vos falo
bolido não sei de quem e por uns quantos refugado
maneco rosa se chama o negro dos bastos
que vem escorando o golpe desse tal de mascarado

peleia braba, corpo a corpo, mano a mano
quem pode mais chora menos e a sorte pede bolada
quando o destino de um sotreta e um domador
fica enredado nos pastos na boca de uma picada

foi bem no p-sso que dá pra o campo dos fundos
que o tordilho mascarado quis dá um tombo no maneco
quase que bolca quando se arrastou com força
pois se -ssustou do culeiro que fez barulho nos flecos

igual a um gato laçado pelo pescoço
se arrastou buscando a volta se escorando nas ponteadas
não fosse o negro levar a mão na aba do basto
tinha plantado a figueira bem na boca da picada

me disse o lasca que o tordilho era veiaco
e que esses tempos tinha dado um garreio num moço branco
inté o talquino que num susto agüenta uns pulos
dum golpe do mascarado quase que fica lonanco

a lida é bruta e a volta se pára feia
quando o mundo se desmancha num corcóveo chamarreado
o tempo p-ssa mas o maneco não frouxa
porque o bocal que ele arrocha “se queda” sempre apertado

a mesma tava bota culo e também sorte
dizia o velho caetano que era um índio macharrão
foi quando o negro atirou o corpo pra trás
pra mostrar que um par de esporas não é enfeite nos “garrão”

vinha o tordilho escabelando macega
dando coice nos cachorros, manoteando as maçanetas
se via o pardo mais firme do que um palanque
dava um grito e um rebencaço e ajoujava com as rosetas!

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