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letra de dados - cassol

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do infinito que existe na face da terra
tudo se resume a seus cabelos negros
o p-ssado que te tornou completamente frágil
a fragilidade é só prova da sua força

destino e liberdade que encanta
tudo que eu já senti não p-ssou de desejo
com você aqui tudo inflama ágil
você mata o que tornou minha vida pouca

lapida minha áurea, beija minha íris
e se for necessário perca-me-o juízo
quero que o sol te queime pois choveu tanto ai dentro
amo pra caralho as cores dos seus “arco-risos”

dona de si, só a felicidade a ceder
a liberdade se encaixa no querer
só ela sabe a sorte que tem
mil loucos por ela e ela louca pra viver

não me deixa solto, cola na gente
espero que vá mesmo com meu medo crú
machuca sem tocar, consequência de quem sente
não se vê sua nudez através de olhos nús

sua presença altera meu semblante
não é culpa nossa você estar dentre os planos
eternidade é só o agora e por isso criamos
perdemos a razão e foi o melhor instante

pra que não seja só uma saudade na estante
pra desapegar daquilo que me instala
realiza tudo em mim o que ficou pendente
e se eu exagerar por favor me cala
(se possível não para)

vira vida, intercala e censura todo o meu desapego
todos os seus defeitos te tornaram rara
você me ocupa tanto
lembra um futuro imperfeito

mesmo que seja loucura por ser tão cedo
é madrugada e pensei em você desde cedo
não me responda nada, deixa com o tempo
é que pra falar de amor eu ainda sou suspeito

deixa eu despir sua alma antes de tirar sua roupa
penetra meus olhos antes de beijar minha boca
esquece o p-ssado a vida é muito louca
segura minha mão, essa vida é muito pouca

eu ouvi dizer que só era triste quem queria
e se você quiser, me aceita que vou tentar
andei pelas mentiras que sentiam
a margem do seu corpo, me afoga em seu amar

sobre seu “eu”, eu deito ao que me hiberna
toda noite esperando sua ligação
pro poeta, todos dias as noites são eternas
me feres e me curas, clareza na escuridão

presencia minha carcaça e me leva pra longe
indescritível, tu és inspiração pra mim
daqui uns anos escreverei um eterno romance:
“imortalidade”
que o amor segue o nosso fim

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