letra de novembro - carmem manfredini e tantra
era novembro mas estava frio
o céu estrelado na noite lá fora
você me dizia que era mercúrio
falar sobre o tempo como eu faço agora
e a gente ria deitado na cama
os astros cabiam no quarto do hotel
enquanto cientistas faziam mil contas
a gente contava estrelas no céu
e velhas histórias de amores p-ssados
o que machucava agora conforta
te vejo tão pouco, nem sinto saudade
mas quando eu te encontro meu mundo entorta
é como se o tempo fosse coadjuvante
de uma história que eu nunca vivi
parece um filme: sofia copolla
se eu não o tive também não perdi
e basta seus olhos cruzarem os meus
pra eternidade p-ssar num segundo
e toda alegria que antes ausente
se espalha agora em volta da gente
eu não tenho fotos, só tenho lembranças
só guardo aquilo que eu sempre preciso
você me dizia que achava singelo
que em vez de pegadas eu deix-sse sorrisos
não há desencontros e nem despedidas
são muitos caminhos por onde vou indo
eu não faço contas pro próximo encontro
eu nunca estou pr-nta, mas sempre partindo
e basta seus olhos cruzarem os meus
pra eternidade p-ssar num segundo
e toda alegria que antes ausente
se espalha agora em volta da gente
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