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letra de boa memória - capitão fausto

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[verso 1]
água de cana, outra etapa da gincana
na demora que eu procuro e que a semana nunca traz
atraso bem o final p’ra madrugada, meio da tarde
só segunda é que volto a estar capaz

[verso 2]
o que eu prevejo no futuro é tão duro
que a cabeça não hesita em dar abrigo ao temporal
portanto escuta, meu querido, sei que és muito meu amigo
mas, hoje, vou voltar ao carnaval

[refrão]
por pouco que me lembre do que acontecer
eu sei que vai valer a pena
não é preciso lembrar
tenho amigos com boa memória

por pouco que me lembre do que acontecer
eu sei que vai valer a pena
não é preciso lembrar
os meus amigos contam-me a história p’ra depois poder contar

[verso 3]
depois da sesta bater, a mão na testa
só é coisa que eu evito se a memória me falhar
e, por saber que é verdade, perco sempre a humildade
se decido arrastar-me e não parar

[verso 4]
se houver cortejo é p’ra ter esta fartura
vai depressa que só dura enquanto a culpa não voltar
por sorte, a culpa não bate e a culpa não vai fazer parte
da história que amanhã me vão contar

[refrão]
por pouco que me lembre do que acontecer
eu sei que vai valer a pena
não é preciso lembrar
tenho amigos com boa memória

por pouco que me lembre do que acontecer
eu sei que vai valer a pena
não é preciso lembrar
os meus amigos contam-me a história p’ra depois poder contar

[outro]
os meus amigos contam-me a história p’ra depois poder cantar
(por pouco que me lembre do que acontecer)
os meus amigos contam-me a história p’ra depois poder cantar
(por pouco que me lembre do que acontecer)
os meus amigos contam-me a história p’ra depois poder cantar

- capitao fausto

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