letra de paranóia - caixa baixa
[verso 1: ct]
quem é independente e que entende o recado
de quem nunca se rende com pente lotado
de ideia quente na mente dos arrombado
dos cara que se vende, que eu acho embaçado
mas quem sou eu pra julgar?
sigo na contramão, no blindão
no som de coração
que é pra te convencer
que a pala é ver que quem mais fala
geralmente não tem nada a dizer
presta atenção
pega a visão
senão ela vai pegar você
papo não é papinho, e meu caminho é iluminado
sozinho com os aliado pra prevalecer a paz
vai que vai
rap atinge vários lugares
lares, familiares
olhares de quem tem a mente um poquinho mais sagaz
quem não se limita ao que dizem nos jornais
quem faz e não imita, nem critica os demais
quem faz, influencia a correria dos demais
quem vive de teoria muito pensa e nada faz
o peso nos ombros
paranóia, cansaço
pois faço tudo que posso
o que eu não posso eu também faço
é como um desabafo
fortaleço mais um laço
e ae, que aqui não tem falso querer
aqui não tem falso profeta
falsa ideia não se espalha
sangue ferve
bang bang segue
vamo’ pra batalha
nós abre a janela, foge da sequela que o tempo não espera e nem para
jogo é a vera, cara
os pela de marra
os pela de cara
gela e encara
e a velha na tara
o rap no dna, veia dilata
né por fazer média, pois aqui a ideia é farta
e as velha quase que infarta
a vela do hacka, aquela que chapa
a vida é pra ser vivida pois toda ferida sara
[verso 2: tk]
se pagar pra ver
você vai se estrepar
tua calma vai morrer
e você vai se afogar
porque não tenho dom
quando paro pra escrever nem sei o que eu vou falar
muita coisa pra pensar
reflexão, disposição
olhei pra dentro de mim e busquei minha intuição
farei um som bom
tipo sandubão
poesia nacional, naipe arroz, feijão, mano
qualé dos seus planos
batido cê num tá p-ssando
acha que eu não vejo tu estendendo os pano?
dando mole ao vivo e todo mundo olhando, insano
acho que pra não rir eu vou sair chorando
só vou voltar pra ver tu entrar pelo cano
vai acabar mas não agora
sei que essa ferida não se trata com band-aid
vou apertar e acender pra hora
porque essa pontinha leva chama e não azeite
bonito é quando a fauna aflora
eu sou o meu deus, não vim pra terra só pra servir de enfeite
então respeite, não peite
nós não é fake (cê sabe disso)
[verso 3: nuquepi]
reinar sem ser rei
e derrubar impérios
seus monopólios, a mente da m-ssa
o petróleo e seus ministérios
públicos particulares
ou federais
numa guerra entre iguais
torna-se menor aquele próprio homem que se julga mais que os demais
não ilumino
na maioria das vezes desvirtuo
e determino
o que carrego no meu hino
um fardo que eu suporto fácil, fato -ssim desde menino
sem muitos preceitos ou preconceitos
não sou ateu nem religioso
a sua posição eu aceito
mas vejo graça mesmo em ver o circo pegar fogo
tenho meu direito de opinião e minha linha de pensamento
que criei com o tempo
por onde p-ssei, fui criado
a cada um que p-ssou por mim, muito obrigado
contribuiu no que sou hoje
não fico fazendo pose
nem quero te convencer de nada
vim pra abrir as portas que colocaram as travas
sigo cultivando a paz, e to descartando a guerra
minha rima contamina
e tal como ela reverbera
mas que é parte de mim
quando meu coração berra
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