letra de la carte - c57 x rizz
sem introduções eu avanço pesado
porque já chega de ser condicionado
comparações a mim p-ssam-me ao lado
aquilo que faço nunca foi forçado
nunca o denegri
aqui a contar com talento
eles querem um cão amestrado
e eu sem pedigree
não vou buscar nem me sento
e mordo se for provocado
dado o recado, que apontado seja
isto é usado por quem me critica
rap embalado e entregue em bandeja
só visto, contado ninguém acredita
cosmopolita? tu vê se atinas
e constrói carreira com bons argumentos
tu só dominas no swag que ensinas
puxa a cadeira e tira apontamentos:
pensas a menos tu escreves a mais
incondicionais criam condições
esquece emissoras não quero editais
dispenso editoras não quero edições
contas com a venda dos meus ideais?
mete o pózinho nas fossas nasais
cara laroca a sorrir em postais
ficas sozinho a contar os punhais
sem reação e sem sinais vitais
sem emoção mas com bens materiais
de tanta fome viram canibais
de cabeça vazia a encher festivais
nos recitais segue a sebenta
há que ser ordeiro para gravar a faixa
efeitos especiais? queres dar nas vistas?
tu tenta primeiro dar uma p’ra caixa
e mais tarde, ficamos a rever o estado da arte
só gostam de rap até que moda p-sse e o povo se farte
entretanto vão tentar usar-te e condicionar-te:
querem hip hop à la carte
mas aqui só há buffet
engano os ataques ao som da tarola
em recantos onde a grafonola é prezada
não há conhaque então vai uma jola
tens de dar à sola, ela toca apressada
mas sem destaques, com amor à camisola
há tantos jogadores de fachada
que pensam ser craques
é gola nem tocam na bola
são só treinadores de bancada
porta fechada, claque rebola
consola ao servir, são sujeitos a gostos
pensas ser livre ao entrar na gaiola?
estás a confundir conceitos opostos
a postos pa ver quem é mais gabarola
ganha quem tem mais visualizações
atiram rap à parede a ver se cola
sem pensar honrar a língua de camões
faz a graçola, não levei a mal
troca o papel pela conta paypal
tu cais sentado, branco como cal
na fila da lotaria viral
ficas à espera que rap sustente
enquanto suspende discos em molduras
com a espada à frente, encostado à parede
sem rede, aprende a nadar em faturas
dá-me tonturas ouvir quem defende
falam de um novo estilo alternativo
dão à dentadura, haja quem os entende
kings da street são escravos da vevo
no sedativo, p’a ver se isso cura
sente a secura: choque à tarantino
se te comportares dão-te carne crua
até já salivares ao toque do sino
e mais tarde, ficamos a rever o estado da arte
só gostam de rap até que moda p-sse e o povo se farte
entretanto vão tentar usar-te e condicionar-te:
querem hip hop à la carte
mas aqui só há buffet
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