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letra de ferro & brasa - c57 x rizz

fim de cena
tudo convencido que esta vida é doce
o querer e não ter sido resta do que a ida trouxe
vem checkar o clife
com a caneta abusa e libertou-se
sem p-ssar pela roleta russa com calibre doze
não vim pa’ dar queda, moço
grande espanto se eu pausar com os meus
tu vê-me, até num poço
já ‘tá tudo a salivar, são vinte cães a cada osso
tanto santo anda a pensar que é deus
e quê? boy, nem que fosse
ando ao p-sso que a miséria ensina
ser real é foda e já pa’ fakes qualquer léria rima
sa foda o trauma, ya, que eu faço dele matéria prima
normal que batam, p-ssam takes com a galdéria em cima
tantas baboseiras, tu reflecte o que disseres do c
nunca queiras puxar canivete pa’ acabar touchê
hate ou hate, não há muita escolha se queres qualitê
mais um date, é só roçares a bolha e ficar no chillet
agora pensa

vão no que a guita faça, ‘tão com fé na traça
só vão lembrar de mim -ssim que der o baza
quando eu ‘tiver na praça, tu confere e p-ssa
se eu nasci p’ra deixar marca, foi com ferro e brasa

fim de cena
vão dizer “não vale a pena”, então calou
hard 2 beat e tão a ver que parto o beat
é fácil bro
por si só, no ar dissipo-te o prazer de quem falou
que há p-ss-es a picar
do tipo ‘tou a beefar com quem me dou
pasta entreteu e nem é por nada, só vi tabelas
pa’ quem sofreu, tu preza a jornada se evita celas
dás-te a proteu ao pé da manada na quinta delas?
se o cake é meu, tu pede uma nata com trinta velas
frita e gelas, andas de cabeça quente e sangue frio
como é que eu consigo?
sigo sem louros e tanto brio
vida bela? às tantas a beleza mente o quanto viu
o que ela traz consigo são cem choros que enganando, rio
prazer -ssíduo, esquecido? isso é como insulto
tudo o que eu rimo é cuspido e sentido sem grande culto
vem fazer parecer parecido, elucido-te o meu estatuto:
nunca fui vidro polido, nasci do diamante em bruto
há diferença

- c57 x rizz

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