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letra de digno - buster alx

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[letra de “digno”]

[intro]
dá-me um papel que eu traço
da me só um mic e o espaço
odo nó que entrelaço

[verso 1]
digno como o thor cada vez que pego o mic
eles rimam por patrocínios eu só quero é gritar nike
elevar a zona escrita é o meu abono
flows quentes que atrofiam a camada do ozono
versos frios que arrepiam como judeus no forno
farto que a bófia dispare no chão fica o contorno
de um d. sebastião não esperem o seu retorno
manos passam a memorias minhas rimas são glorias
por me fechar em casa em vez da cela em custóias
desliguem os holofotes as putas só querem jóias
deixem para lá o brilho subsolo como expresso
minhas rimas são dilema tripeiro de gema
nesta, cidade invicta preconceito social
devido onde a gente habita sem registo criminal
quase ninguém se acredita conheces parte do que sou
com base na minha escrita, por mais que faça rap
ele não me tira da esquina, não estou a falar de números
por mais que chova guita, notas nunca faltaram
apontamentos não compram nada, pegava na caneta
manos no pé de cabra, não querem saber de rimas
a noite quando as crias se tens crias durante dias
vais desp-char as filas senti-las em noites frias
ardidas inseridas com conjuntos de adidas
mias aos ouvidos abandonas quando engravidas
[refrão]
eu sou digno dá-me um papel que eu traço
em convívio da me só um mic e o espaço
alivio todo nó que entrelaço
escrevo nas estrelas como se fosse um signo

eu sou digno dá-me um papel que eu traço
em convívio da me só um mic e o espaço
alivio todo nó que entrelaço
escrevo nas estrelas como se fosse um signo

[verso 2]
minha vida é uma novela transformei a numa serie
para poder fazer um filme se ela tiver sequela
não me pagaram como a madie por que sempre fui humilde
escrevo barras tão reais que me querem ver dentro delas
não decoro os postais eu ponho o meu selo nelas
e no fundo decorais o brilho que trago em mim
raro como o marfim, intenso como o carmim
não redijo pós teus ouvidos este disco não toca em baile
rimas são visuais que cegos sentem o braile
da lhe sem egos sem medos não deves não temes
gregos viram troianos que esperam que não eleves
a fasquia sem franquia paga a um promotor
aqui é locomotiva língua a todo vapor
dei lhe com alma não a alma todo acesso ó lar
todo o amor na entrega ela o processo anelar
sonho com os pés na lua taggo ao lado do fuse
universo expandiu-se violo o mundo silábico
és estrábico não artista sem dois
pontos de vista sou camões alquimista sem travões
fiz me a pista emoções, tensões em cada conquista
[refrão]
eu sou digno dá-me um papel que eu traço
em convívio da me só um mic e o espaço
alivio todo nó que entrelaço
escrevo nas estrelas como se fosse um signo

eu sou digno dá-me um papel que eu traço
em convívio da me só um mic e o espaço
alivio todo nó que entrelaço
escrevo nas estrelas como se fosse um signo

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