letra de cidadão honorário (outro) - black alien
letra de “cidadão honorário (outro)”, por black alien
[verso]
vamos lá
gustavo ribeiro, cidadão honorário
filho de rui, que é filho de mário
primogênito de gizelda
neto de joaquim e juraci
que, em vida, não conheci
e minha avó, hercília
pai de antônio e camillo, minha família
padrinho de evelyn e stella
filha de manoela e speedfreaks
a vida é bela, mas nem sempre tá no trinques
afilhado de waldir e geovanice
“é tudo que importa”, eu sempre disse
tia léia, tia ana e tio gil
meu mundo, aqui, só no brasil
amados primos fabíola e miguel
meu outro dindo no céu
visualizo todos juntos, na tela
luís antônio, nandinho e isabela
savinho, siane e suian
tia yolanda, beijo, te vejo amanhã
tio edson e tio djalma
eu sei que jah guarda suas almas
que nem meu amigo, dj primo
de quem lembro nesse m-n-scrito
que depois eu imprimo
p-sso a paz e o amor, na mensagem
os motivos pelos quais eu rimo
família, amigos, saúde: isso é o ouro
bola de gude
black, moleque, era o apavoro
pipa no ar, futebol de botão
prancha no mar, skate no chão
gol do meu time, o morteiro e o estouro
tímido e calado
sempre com um gibi do lado
o magro e o míope
dois bagunceiros natos
os imãos gustavo e felipe
criados em niterói
as férias em cabo frio, onde victor ribas é herói
arraial do cabo e búzios
trombei brigitte bardot
quem diria, depois
nos estúdios, inspirado e inspirador
no reggae, com burning spear
literatura, shakespeare
ditadura militar, paulo francis e o bardo
de ’64 a ’85, foi a farda e o fardo
vi o meu povo votar em tancredo
porém, foi esse sarney que tomou posse
criado no catolicismo
mas o sangue diz:
“oxalá, nos proteja na paz de oxóssi”
quem não aguenta, bebe água
e eu vou, sem mágoa
escrevendo o céu na terra
largo o dedo nas canções de guerra
venho da cidade de speed, dj castro
quinto andar, marechal e de leve
então, vou ser breve
sou nova orleãs depois do katrina
um abraço, são gonçalo, big tiger
mc funkero, direto do catarina
feliz em pôr minha cidade no mapa
muito feliz, me senti no melhor tempo da lapa
tenho alguns esqueletos no armário
a luta é contínua, continua e não tem páreo
a laje da minha avó é o meu monte sinai
linguagem pros surdo-mudos
mando versos nos sinais
paz
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