letra de rotina - bernardo barata
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ele era um sujeito qualquer
e saiu com a porta a bater
deixou em casa a mulher
cansada de tanto ansiar
uma companhia para o jantar
ele era um sujeito qualquer
chegou sem nada dizer
e afirmou. “não tenho nada a perder.”
pediu um copo no bar
e tragou-o sem sequer o poisar
quando eu me for embora
vê lá se dás que eu não estou
se eu partir agora
não te exaltes que eu vou
para poder andar por aí
eu só quero andar por aí
ele era um sujeito qualquer
que voltou ao amanhecer
na cama confessou à mulher
ter medo do medo e mais
ter medo de a perder
quando eu me for embora
vê lá se dás que eu não estou
se eu partir agora
não te exaltes que eu vou
para poder andar por aí
eu só quero andar por aí
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