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letra de liricopatas 4 - bendita gravadora

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[intro: zuluzão]
senhoras e senhores, depois de muito
tempo, estamos de volta. o projeto
liricopatas está aí para vocês. milagres acontecem

[verso 1: sid]
continência, sargento, eu sou o sid
um sarnento, cão de rua que lambe o próprio ferimento
eu caguei pro que eles dizem
eu mereço um aumento
eu nunca vi ninguém trampar igual eu trampo aqui dentro
é que eu não obedeço a regra
fato, sorry about that
é que eu não sou um puta rato
eu nunca puxo carpete
ninguém mais quer um artista
elеs preferem um pеt
que deite, role, dê a pata, estoure nos raps
artistas territorialistas como um quero-quero
eu não jogo pra ser zero a zero
poupe-me do lero lero
tua letra é só um mero berro
veja como eu serro ferro
incêndio na arena da cena
um problema tipo nero
poupe-me do lenga lenga
de quem canta love song
trata a própria mina igual uma bela quenga
postura de malandro na net
na rua é capenga
falsa igual as armas que posta no clipe
pega na minha benga
eu faço rap, faço até o osso, é o aço
e mesmo depois de morto
cês vai criticar meu fóssil
não importa o que eu faço
quem julga tá no ócio
e se pisar no calo errado
vai estressar até o cão mais dócil
au au, língua roxa é droga tipo chow-chow
teus amigos tá afundando a napa nesse tal sal
maria que vai com as outras
ovelhinha porra louca até um
local onde obediência tem um final mal
au au, língua roxa é droga tipo chow-chow
teus amigos tá afundando a napa nesse tal sal
maria que vai com as outras
ovelhinha porra louca até um
local onde obediência tem um final mal

senhoras e senhores, depois de muito tempo estamos de volta
o projeto liricopatas está ai para vocês, milagres acontecem

[mc sid]
continência, sargento
eu sou o sid, um sarnento
um cão de rua que lambe o próprio ferimento
eu caguei pro que eles dizem, eu mereço um aumento
eu nunca vi ninguém trampar igual eu trampo aqui dentro
é que eu não obedeço a regra, fato, sorry about that
é que eu não sou um puta rato, eu nunca puxo carpete
ninguém mais quer um artista, eles preferem um pet
que deite, role, dê a pata e estoure nos raps

artistas territorialistas como um quero-quero
eu não jogo pra ser zero a zero
poupe-me do lero-lero
tua letra é só um mero berro
veja como eu serro o ferro
o incêndio da arena da cena, um problema, tipo nero
poupe-me do lenga-lenga
de quem canta love song e trata a própria mina igual uma bela quenga
postura de malandro na net e na rua é capenga
falso igual as arma que posta no clipe, pega na minha benga
eu faço rap faço até o osso, é o aço
e mesmo depois de morto cês vai criticar meu fóssil
não importa o que eu faço
quem julga tá no ócio
e se pisar no calo errado vai estressar até o cão mais dócil
au au, língua roxa é droga tipo chow-chow
teus amigo tá afundando a napa nesse tal sal
maria que vai com as outra, ovelhinha porra louca
até o local onde a obediência tem um final mal
au au, língua roxa é droga tipo chow-chow
teus amigo tá afundando a napa nesse tal sal
maria que vai com as outra, ovelhinha porra louca
até o local onde a obediência tem um final mal

[verso 2: linomc]
lembro de mim saindo da escola
mó felizão, dava a hora de ir embora
lembro que a minha depressão lentamente passava quando eu pegava as mina lá fora
isso revigora, cê me zuava
hoje implora foto do cara que era feio, cheio de aparelho
mas mesmo assim o ovo cê babava
lembro de dias que a minha professora queria que eu pegasse ela
eu tava com falta de nota e meu bloco de nota tinha mais letra que coro de favela
mas ela era feia pra caralho, tinha bafo de alho e eu paguei de sequela
fiz a melhor poesia, amassei a bolinha de papel e fui lá e taquei nela
a bola de papel não deixa o verso desconexo
minha p-b-rdade toda eu só pensei em s-xo
e hoje em dia eu assemelho que no espelho tem meus hater meio chato
que ‘tão sonhando em ser meu reflexo
cê é fã de hiphop
eu deixo-os, tornem o loki
não acompanharam o lino, falam que eu sou tiktoker
mas não que eu seja, você que é verdadeiro
você que é a puta de like que se vende por dinheiro
[verso 3: vitu 081]
o ano lírico retorna com reparação histórica
respeito com quem vem de onde eu venho
essa é a fórmula, é a lógica
minha fase é essa, não fico de próxima
nasci fora do eixo pensando fora da órbita
quem quer meu óbito, eu morri de rir
finalizo o game logo, pique ribéry
zero mancada na pista pra me redimir
minha força tá no sotaque, agora ri de mim (oxe)
ouvindo as velhas do chico, sacando os f-xico
comédia vê passar, fecha o bico
e olhar dentro do meu pico
dudu tinha dito que ninguém rima mais do que o vitu
rimas badaladas de baladas são só ladainha
vim da embolada onde a levada é somente minha
liricopata de pequeno era o nome que eu tinha
bendito seja o ventre de mainha

[verso 4: winnit]
o winnit no beat de boombap, um clássico
o hiphop é um temple ou um sample eclesiástico
eu sou culto e não pasto
vocês passam horas em frente da tela
enfrentam a guerra em telas de iphone
espera o ruyter vir te dar um carro
cego com seus seguidores pagos
com a carapuça eles tapa a cara, nunca acreditaram
vai morder a cara, é o nego rei
a rua é a plataforma que mais paga, eu já falei
[?] e t’challas
psicolírico, elétrico
brasil com s de senzalas
meu ego é o donald glover
bem vindo ao mundo do diademo onde cuidado tá escrito na entrada

[verso 5: youngui]
meu eu lírico cansou de conversar comigo
tô externando tudo aquilo que lotou minha mente
vida de ganhos, acertos, erros e inimigos
sempre na busca de tentar trazer o diferente
malditos sejam aqueles que previram meu fim
tranquilidade tem naquele que não quer problema
abençoado seja o fruto do gomu no mi
o jovem gui segue trampando e mastigando a cena
liricopata eu sempre fui e não é novidade
subestimado pelo povo desde a pouca idade
sou referência e me tratam com irreverência
fazer o que se meu estado só liga pro hype
preto pesado, pode me chamar de big mike
isso parece a seleção, matamo’ a big track
ouvindo o public enemy, i don’t believe the hype
abram alas para o nego chucro, a sua big ref
depois dessa, põe na minha conta o nome no cheque
assassinei nessa daqui e nem tava inspirado
vamo’ deixar o pão e circo pra quem quer brincar
sujeito homem só faz grana e segue o legado
depois dessa, põe na minha conta o nome no cheque
assassinei nessa daqui e nem tava inspirado
vamo’ deixar o pão e circo pra quem quer brincar
sujeito homem só faz grana e segue o legado

[verso 6: kaemy]
atividade no verso, puxando a responsa pra si
ignorando os problemas e metendo marcha na vida
dominando o game, sem concorrência
nem ideinha pra esses perreco de baixa audiência
meu time é correria, trabalho e depois lazer
se der voz pra revolta, nós vai parar na tv
mesmo ‘tando incomodado o vagabundo vai me ver
fazendo de uma maneira que não vai dar pra esquecer
chapando nessa onda depois dela me afogar
tô correndo muito sem ter tempo pra pensar
foco na postura, não tenho o que comentar
uma oportunidade pra fazer a vida mudar
e eu fiz tudo isso de improviso
me dá uma caneta, um beat louco num estúdio, é tudo que eu preciso
não costumo ter inimigos
ultimamente os que tentam contra saem no prejuízo

[verso7: zuluzão]
sid soltou os cachorros e agora eu me sinto em casa
muralha africana e desse muro ninguém passa
raça forte, eu tô na busca, até de manhã tu se assusta
não mais a cara do crime e sim a da vitória justa
mergulhador profissional, mas eu nado em vulcões
tava aqui há 5 anos atrás concluindo missões
com poucas rimas toquei tantos corações
que hoje em dia em qualquer lugar no brasil existem zuluzões
flow preto incentivo
jovem de muitos abraços e poucos amigos
o provedor é um homem que não foge do abrigo
deve ser por isso que todos querem ser meu filho
então se acomode que tem espaço na van
vocês fingem que não ouviu mas nós sabe que ouviu
rimando com os amigos, no pique liricopatas
zuluzão, make it real

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