letra de versos campeiros - bando gaúcho
mescla de tiro e trovoada
retumbando nas canhadas
é como tropa estourada num louco bater de patas.
o entolo do pajador, a força do cantador, a guela do trovador que na pua o verso arremata.
é o soco do doze brasas quando nas aspas entrelaça
de um touro velhor fumaça de lombo se vai ao chão
é o talho de prateada
num bochincho encarreirada
o descanso da peonada, nos pelegos do galpão.
é -ssim o meu rio grande, é -ssim o meu rio grande tchê,
que canta versos campeiros ao derrodor dos braseiros
por amor a tradição.
a sanga que mata a sede, um são jorge na parede, uma c-xilha bem verde matando a fome do gado.
é noite de temporal, um poncho véio carnal, é o galope do bagual, pra se escapar do mandado.
é domingo de rodeio, um pingo mascando o freio, um palanque e um esteio, la no canto da mangueira.
é o amor de uma xirua, sob um clarão de lua, é um guerreiro charrua peleando la na fronteira.
é -ssim o meu rio grande, é -ssim o meu rio grande tchê,
que canta versos campeiros ao derrodor dos braseiros
por amor a tradição.
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