letra de da templa antiga - baitaca
trago na alma a marca do nosso xucrismo
tenho cultura e civismo por isso a voz eu levanto
sou missioneiro e das tradições eu não me afasto
mas trago cheiro do pasto nos xucros versos que canto
destramelei a memória e abri a cancela do peito
sou xucro e não uso enfeite, eu não nasci pra anda enfeitado
apenas peão desgarrado pelos caminhos do pampa
oiando para minha estampa tão enxergando o p-ssado
a maioria querem bancar o moderno
eu sou tromqueira de cerno
sigo taureano e não mudo
não faço conta e deixo que se esgualepe
pito um balre e danço um rap
e eu campo verso cuiudo
eu canto de peito aberto
pro meu rio grande querido
acho até que fui parido perto de um fogo de chão
desdobro a vida de peão
como um carteio de truco
e meus versos são mais xucros
que baba de redomão.
chapéu tapeado de bombacha arrebangada
levanto de madrugada pra tomar meu chimarrão
sou templa antiga e esteio do novos tempos
meu verso serve de exemplo para a futura geração
vivo tropeando a esperança deste meu pampa sulino
canta verso é meu destino e minha voz não se encerra
pra mim não cantar minha terra
é só que me entreve a língua
ou talvez eu morra a míngua
num entrevero de guerra.
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