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letra de lente - b quest

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[b quest]

hook:

porque tudo nesta lente mostra-nos iguais

quebras o silêncio e pedes sempre mais…

verso 1:

carta batida não passa por mim, eu visto a batina quando eu ‘tou a fim
terra batida que o passado trouxe, eu fiz muito esboço pra chegar a ti
e, quando as pegadas do tempo desvanecerem como rastos de vento
estarei descansado pois o meu sustento não vira cinzento pois há cor em ti
cuidar não passa disso: voar até quebrar o enguiço
preservar este benefício, que esse teu foco me trouxe ao início
na nossa lente não cabe o postiço, trouxe-te alento e sabes que eu pus-te isso
aguardo no “móvel” mais uma cusquice, ainda vamos a tempo de honrarmos os kiss
nisto, não há quem ceda. eu dispo-me dessa batuta porque
se esta s-m-nte é de seda tu sabes que a sina não será caduca
por vezes a vista é de chuva, e há meses em que o saldo não pula
sei que tu esperas que eu siga esta luta. vitória vitória na história da dupla
em rolo -n-lógico, a sério o que é lógico? é que o meu propósito está nessa retina
fiz alguns depósitos naquilo que é óbvio: música, amor e alguma stamina
e nessa nossa rotina, todos os segundos ficam lapidados
dois diamantes em bruto, dois viajantes mais do que eternizados

refrão:
porque tudo nesta lente mostra-nos iguais
sentes cada frame antes dos vinte e tais
quebras o silêncio e pedes sempre mais
valsa dos anormais, sinais intemporais

pós-refrão:
pés na terra e bem focado eu ‘tou
a magicar o nosso espaço, eu vou
unir todo e qualquer traço, trazer brilho quando é baço
sempre a alongar o compasso que eu…

verso 2:

guardo bem alto naquilo que eu estimo, pra que pôr um prazo em tudo o que eu exprimo?
passado é passado e algum é castigo, há que bater no fundo para encontrar abrigo
uma casa e um teto nem sempre é um lar, mas estas paredes não vivem despidas
arte progressiva tipo basquiat, duas rimas cruzadas sem ver “be-à-bá”
não penso no parto, mas sabes não parto. estou cá pro bom e mau. e
vou pintar a tela com cores surreais, pra salvar um pouco dessa dor dali
cortar no português, para um dia te pôr em bali
com os frutos daquilo que eu trago e me põem mais olhos do que no wally
e eu espero que dure (dure), tudo isto que me faz maduro (duro)
em busca daquilo que é puro (juro), perdi muito rolo sem ter qualidade
agora que temos casulo (bulo), pra ver um futuro com a tua metade
e deixar uma porta aberta, e usar o ditado da tua cidade

[mace]:

já tou com a pinga amor
mas
tu és tão linda amor
e
não é da pinga amor
eu
é que sou pinga-amor

tu entraste na vida e ficaste
marcaste e acho que tu já notaste
que posso falhar ou deixar-te cair
mas nunca te deixo em baixo

antes de ti eu dizia “não caso”
agora nem penso no caso
ficava contigo amarrado num laço
deixava s-m-nte e cuidava do vaso

se fosse voltava porque nunca bazo
eu nunca bazo
fazia de tudo pa que não acabasse
peço que o tempo contigo não passe

passo a passo eu levo a vida e a moldura és tu que a fazes
às vezes ficamos mal na foto mas fazemos as pazes

não há prazo mas bora só
juntar os trapinhos
lado a lado a ver o nó
a trazer uns traquinas baby

outro:

porque tudo nesta lente mostra-nos iguais…

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