letra de meia noite - b.l.u.n.t.
[intro – sample: ice blue]
fica ligeiro que na esquina tá embaçado
a área tá sinistra e o clima tá pesado
[verso 1: twixx]
meia noite, o sino da igreja da matriz
anuncia o luar de uma linda s-xta feira
as “guéro” de bobeira, copo cheio, hash e kunk
mistura favorável, predella, zapi e b.l.u.n.t
bombeta philadelphia, naipe florida, peita tie-die
anel de ouro, cordão de ouro, relógio de ouro
made in paraguai
“zika pacaraí, é zika pacaraí”
vão falar que é som de boy, bota na conta do pai
os louco mais louco do baile
na soma ‘cos’ louco o moio endoida
conceito e proceder, sou do momento mas não tô na moda
se liga vagabundo, nós tumultua memo
brinde ‘cos’ pilantra é com taça de veneno
‘cos’ mais zika do baile, salve sintonia
mesmo céu, mesmo cep, várias correrias…
o por do sol na costa oeste é gold, money
azeda o céu da boca e desce o sal, chapei
funk rap, laguna chaviô
nas preta de 17, eu tô a cara do enquadro
b.o tá muquiado e ouvindo “trem das onze”
o ronco do motor, arrepia meu quadrado
o game tá à milhão, aqui não é playland
malandro tutti-frutti, só põe pânico na band
música de festa, vários vem de testa
dizem que não presta, eu ‘memo’ não sei
o enxame infesta, rap manifesta
para os que resta, pau no cu do ‘cês’
[verso 2: predella]
óh meu mano, meu deus
tava uma mão brilhando, turista de moscou moscano
rá, para e prepara fast, magic é o “magaivá”
sem grito, que queremos dinheiros, não “cadávers”
na minha quebrada e na tua também tem isso
tem de 10 e de 5, no flat ou no cortiço
quito a vida vendo isso, cheiram ‘trisco’
tão se matando por boato e seus buxixo, lixo
trinca, vem desce, susto, os dito cujo
traficando ideologia e rap sujo
oxi vixe, haxixe é briza, nós é luxo
puxo, p-sso, prendo, mantendo lesado o bruxo
fumaça sai da boca
minha vida é chata demais pra perder tempo
vestindo suas carapuça, parsa
minha cota é outra, michael g. na blusa
falou que meu verso é uma droga
essa letra é pra você usar
[verso 3: zapi]
eae, é o movimento skate, rap, arte e rua
gravando a cena vai, só vagabundo que nunca recua
os “lóc” tão de fora, não entende o que se p-ssa
se o que pega, nega, sua conduta de boa postura, parça
maloqueiro eu, só sei curti minha vida
não me espanta a ignorância de quem vive na rotina fria
cilada na certa, quem vive pensa no futuro
prefiro queimando minha erva e vê quantas mina eu faturo
eu tô ciente, sempre em frente, eu mantenho minha postura
na minha mente, ideia quente, é pra não ir pra sepultura
então meu “tru”, enxergo até no escuro
implícita ditadura, não interfere no meu mundo
na rua, pique vagabundo, zapi vai nos beat
vadios, subindo os muro, huf!
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