letra de uma abelha tantas flores - b fachada
a fátima era -ssim para o arruivado
os membros longos, os lábios maneirinhos
um seio esquerdo muito arredondado
os dois joelhos sempre bem juntinhos
da púbis cor de cobre era o prado
de prata as mãos‚ de ouro os dedinhos
e cada coisa dela cativava
e a virgindade dela me chamava
apareceu num sábado -ssim
com ares de derretida lisonjeira
dizendo “o que é isto que arde em mim
só sei que me surgiu segunda-feira
despi-me e pus só roupa de cetim
andei ardente a semana inteira
e agora é hora da felicidade
não pares se eu gritar por piedade”
confesso que o vicente se acanhou
pensou em mandar lá o v-ssourinha
depressa‚ no entanto‚ a si voltou
lembrando-se das pernas que ela tinha
e pelos cabelos ele a arrastou
e ela toda “ais” de menininha (ai, ai)
a fátima tremia de alegria
e da porrada dele que a aquecia
chegados ao meu quarto
pus-me em pêlo
e sem pudor a roupa lhe tirei
mostrei-lhe o sítio onde eu ia metê-lo
e ela já arfava, reparei
fiz tudo bem‚ foi fácil percebê-lo
beijava-me as mãos como a um rei
e foi -ssim que eu lhe tirei os três
mas claro, foi só um de cada vez
fátima
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