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letra de dança baiana - ariel ayres

[intro]

[estrofe 1]
não me tranca e vem (hm)
meu bem, não me toque
me diga que tem (quê?)
uma certeza, que sorte
vou dizer que sim (quem?)
tanta vida e morte
cheira sim, cheira não
nosso mal, nosso norte

[estrofe 2]
e traga e sai, abandona o lar (ih!)
me diz que não, me diz que vem, me diz que sei lá
tanto santo, tanto trago, com certeza vim do barro
essa dor, essa fritura; essa vida é dura
o governo de escritura que ensina, que surra (pô…)
brigo por água, luz, conta pra pagar
um sino e tal, caia leite, caia sal
não me leve a mal, só me dê um desconto
um caderno, um lápis e talvez três conto
se conheço a rua, não mereço realeza, é só consequência de uma vida de dureza
que só vem e vai, que não sai, que traz
oportunidade com certeza é o que falta
um furacão, um espantalho, um leão e um rato
uma traça de vestido, uma cabeça de lata

[instrumental]

[estrofe 3]
(não me tranca e vem)
cato lixo no meu quarto, com a certeza no embalo
(meu bem, não me toque)
de que sim, não existo; de que sim, meu amigo
(me diga que tem)
a frieza é um abrigo, uma saída severina
(uma certeza, que sorte)
somos panos de chão, pacotes inominados
(vou dizer que sim)
marcas desgarradas, um esquecido escapulário
(tanta vida e morte)
de onde eu venho a gente morre
não há seio que nos salve desse sangue que escorre
(cheira sim, cheira não)
de meu chão, minha parede
do vermelho que é a sede
(nosso mal, nossa morte)

[estrofe 1]
(não me tranca e vem)
não me tranca e vem
(nossa morte)
(meu bem, não me toque)
meu bem, não me toque
(me diga que tem)
(nossa morte)
me diga que tem
(uma certeza, que sorte)
(nossa morte)
uma certeza, que sorte
(vou dizer que sim)
(nossa morte)
vou dizer que sim
(tanta vida e morte)
(nossa morte)
tanta vida e morte

- ariel ayres

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