
letra de samba do fim do mundo - antropoceno
cai, cai, cai, cai jatobá
vai, vai, se desfaz na fumaça
deita junto ao camboatá
tatajuba, camu-camu e andiroba
carbonizadas, um deserto de soja
(mas o tempo não para
e atropela o)
cai, cai, cai pará-pará
vai, vai, repousai nessa brasa
as cinzas da seringueira
amputadas e precipitadas de volta
na terra arrasada
a maldição da soja
que transforma
em monocultura
o bioma
que não se renova
se savaniza
perde sua vida
no garimpo da terra
sem ti nada impede
o céu de cair
sobre as cidades
tuas miragens vão morder sua cauda
(porque o tempo não para
e atropela o)
cai, cai, vai samaúma
castanheira, maçaranduba
embaúba vai me levar
pra trazer o ciclo do fogo de volta
tragédia da terra
uma doеnça nova
o progresso não para
e atropela o
cai, cai, tempo quе se desfaz
asfaltado, vento me corta
guapuvaru podre se vai
pavimentar cidades natimortas
por carros e armas
florestas viram bombas
que transforma
em monocultura
o bioma
que não se renova
se savaniza
perde sua vida
no garimpo da terra
eucaliptos e soja
que transforma
em monocultura
o bioma
que não se renova
se savaniza
perde sua vida
no garimpo da terra
vermelho é o céu e mar
cinza as florestas
sinto o céu quebrar
caírem as estrelas
ondas de calor
vento de sol cortar
persiste o terror
resiste a faca cega
o hino do hecatombe
samba da extinção
o ecossistema morre
vive o evangelistão
fetiche do apocalipse
há sangue na sua mão
sino do hecatombe
samba da extinção
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