
letra de fado da sereia - antónio pinto basto
ela era cantadeira e um caso sério
rainha sem rival no seu ofício
e já tinha levado só por vício
três faias e um banqueiro ao cemitério
a voz despia-a toda se cantava
no arfar do xaile preto e do decote
tinha a força noturna de um archote
e a raiva e a revolta de uma escrava
na boca o seu vermelho era sangrento
nas mãos curvava as unhas como garras
nas ancas tinha a curva das guitarras
as fúrias no cabelo eram do vento
os olhos eram de aço se os abria
cravando-os em incautos corações
e ao serem mais funestas as paixões
todo o seu corpo branco estremecia
cantava como o fogo que devasta
as almas e as cidades de repente
chamavam-lhe “a sereia” toda a gente
e era como a maré quando ela arrasta
morreu de um desespero de facadas
no peito, nas carótidas, na cara
deu-lhas alguém que um dia atraiçoara
e preferiu as mãos ensanguentadas
não vi mulher mais bela em toda a vida
e em forma de mulher, mais tempestade
nem voz ouvi que fosse mais verdade
nem verdade a cantar mais incontida
baixou por sua vez ao cemitério
rainha sem rival no seu ofício
o que era de contar agora disse-o
fica por desvendar o seu mistério
baixou por sua vez ao cemitério
rainha sem rival no seu ofício
o que era de contar agora disse-o
fica por desvendar o seu mistério
o que era de contar agora disse-o
fica por desvendar o seu mistério
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