letra de uma graça antiga (fado das sardinheiras) - aldina duarte
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aquela voz bem timbrada
naquele olhar magoado
aquela voz bem timbrada
naquele olhar magoado
podia não ser mais nada
mas tudo aquilo era fado
podia não ser mais nada
mas tudo aquilo era fado
caminhava distraído
como quem anda no céu
e quando havia um sentido
o seu destino era eu
e quando havia um sentido
o seu destino era eu
dançámos com as estrelas
andei descalça contigo
dançámos com as estrelas
andei descalça contigo
cantámos pelas vielas
as rimas dum fado antigo
cantámos pelas vielas
as rimas dum fado antigo
a vida às vezes diz sim
aos sonhos de quem não espera
aquele teu beijo sem fim
foi a minha primavera
aquele teu beijo sem fim
foi a minha primavera
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