letra de toda a gente se vendia - alcool club
[verso 1: prase & harte]
120 na batida, um minuto e vinte, eu acho que isto ‘tá á medida
há quem diga que a verdade traz a mentira
se tivesse valor toda a gente se vendia (toda a gente vendia…)
peças de merda como obras de arte, daquelas que se tivesses interessado até fazia esforço para dar-te
sai dessa zona de conforto, justo como leggings padrão de leopardo
a fama não justifica o facto de teres apaneleirado
onde há fumo há fogo, o sucesso vem e arde…
desconhecido fecha a porta então, eu paro, tento encontrar a razão
e o excesso de populaçao, [?] notas ilusão
inspiração sem motivação
so quero a liberdade de expressao, alargar o campo de visão
a porta fica aberta para uma nova geração
talvez mais real ou talvez mais imbecil
ou mais pobre e com mais sk!ll do que um tipo que se vende por mil
eu sou cru, desrespeitado por gajos como tu
quem não se vendia por nada agora faz tudo
gritava amor á camisola, agora desfila em tronco nu
entrava em rituais vodoo ou bruxaria
se houvesse a certeza que algo se vendia
até um s-xtape fazia
sucesso não aprece esquece a tua parte
não adiantas fugires, ela acaba por encontrar-te
queres-te vender só compra o [?]
vendeu lixo da cidade, toda a gente se vendia
toda a gente metia ao bolso, aí ninguém perde a vontade, esquecem o valor da irmandade
[scratch: dj thundercuts]
[verso 2: montana]
se o meu rap não fosse escuro claro que se vendia
se eu vestisse roupa apertada e ás cores como tu querias
se eu mostr-sse a barriga em vez da minha vida
e não me import-sse com aquilo que vem escrito dentro da rima
não fal-sse daquilo que vivo e daquilo que tou envolvido
fizesse som para b-tch em vez de rap proibido
e viveria ás custas de quem não sabe o que é rap
mas poeta não escreve p’ra agradar quem não percebe
e hoje em dia é so viajar para a capital, conhecer as pessoas e certas e começar… a escrever mal
não gosto de misturas, admito e sempre preferi
gravas com familía e amigos com quem cresci
então o meu destino é não p-ssar daqui
minha missão nunca ser -ssim
nunca mudar para te agradar a ti
essa é uma certeza que mora e morre dentro de mim
“meu primo, vem fazer um som comigo
quando mais tempo tás no estúdio, menos tempo ‘tás no crime”
isto é um orgulho, uma verdade e um motivo
antes eu era o primo, hoje sou eu que o digo
secalhar o que gravamos nunca sera ouvido
mas serviu para aprender e crescer consciente do perigo
não ser influenciado por um mundo cheio de lixo
podem prender o meu corpo que a minha mente será sempre livre
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