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letra de clássico como fado - alcool club

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[verso 1 – sanguibom]
sim…ceramente é sempre a partir
não sei se queres ouvir, daqui não vou sair
o rap tá a surgir, 180 vou a abrir, tou prestes a explodir
começa a sentir, alcool club tá a intervir
as dicas vão sair, qualquer coisa tá a vir, ya
deixa vir, eu não rejeito carga -ssim
com as palavras, que parva
solto a minha alma, de facto
desde 84 que sou -ssim, não sei se tás a ver
fumo e algo para me entreter
e fico na descontra
o resto um gajo encontra
o resto um gajo encontra

[verso 2 – praso]
uma mente perigosa, uma virtude religiosa
fui desde mental f1 aka testarossa
praso escrevo rimas em formato prosa
a minha inspiração não tem métrica
soletro a nota, coça
a fazer moça, pielas das grossas
lyrics hardcore é melhor que o vosso roça roça
mixtapes de kizomba, a mim não fazem sombra
fica com o 3º mundo que eu fico com o que sobra
imortal irritante, tipo uma sogra
enquanto não melhoras quem vê quadras que são professoras
não p-ssas, a próxima fase é pesados
preferia ser esquecido até ser considerado
clássico como fado
clássico como fado

[verso 3 – montana]
sou filho de uma colheita de 89
nascido de uma noite de s-xo forte
o êxtase e o clímax do momento ofereceram-me talento
vou usá-lo diariamente, precisamente
mas cada um gasta o seu tempo como quer
seja na droga, a levar na catota ou noutro buraco qualquer
e o sucesso mora na cabeça de quem pensa
mijar contra o vento não compensa
será que sentes a adrenalina a entrar pela narina
a miúda era tão gira agora tá tão magrinha
maus caminhos da vida, não tenho muito a dizer
eu próprio sou uma má companhia
ya, tenho olhos de vidro, possuo s-xto sentido
sou um indivíduo que não perde tempo contigo
mas meu amigo parece que atraio o perigo
mas gosto da sensação do medo, ativa o meu instinto animal
e ataco no momento
a teoria do bandido
se for um vou sozinho
se forem muitos saco xino

[verso 4]
nasci num mundo muito flácido
sou mais uma criança com um final trágico
negócio clássico, fazer dinheiro básico
em casa um bom filho, na rua muito tráfico
mantenho o respeito, falo ao meu jeito
matando umas garrafas, sem sentir falta de pacas
cota desespera vai pá rua com ressacas
sócio, p-ssa, anda cá, endivida
cabra embriagada foi aparecer em casa com sida
mas que merda de vida
gostar de viver -ssim é mesmo à suicida
a minha safa é a bebida e uma loira querida
fresca como o inverno, desapareço e ardo no inferno

[verso 5 – padrinho]
isto é alcool club, o teu rap não presta, nem vale a pena sentires
sou estilo estraga festas, garrafas a partir, fumo para descontrair
tenho tudo pa fugir da realidade e esquecer esta pobre sociedade
rap drunk e podes sentir o chilling da cidade
desde 87 que o mundo não me oferece
tudo aquilo que chamas necessidade
e o vício se transforma em cara metade
espera mais um bocado posso explicar
são coisas sem nexo o objetivo é nem pensar no sucesso
só progresso, aprecia o que te ofereço, sem preço nem penso
só me lembro de sentir wine no lips
o resultado é este quando o artesanato cospe beats
sem bad trips, riscos no prato
não me convides prá festa porque já me fiz de convidado

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