letra de recomeço - a286
[verso 1 – reinaldo]
me deixa aqui, enfim, sozinho mesmo, faz favor
pra não saber do que não me faz sorrir, pelo amor
e você diz que é tão triste pensar -ssim, então nada vale
quisera eu me sentir diferente, ó de verdade
saber que um verso meu salvou um que se identificou
sem olhar pra casa e ver que minhas palavra nada mudou
aqui me deixa enfim, que daqui a pouco já amanhece
e o sol faz esquecer de tudo que me enlouquece
melhor fugir, tentar por fim em tudo que entristece
talvez se outro lugar de volta vocês trouxessem
pra quem vou mostrar minhas filha, minhas conquista, meus rap
é quente memo, nada vale onde não há olhos que enxerguem
perdoa minha sinceridade que já não agrada
que quanto mais tenta ajudar, mas me frustra em mágoas
matando um irmão por dia, tentando mostrar o caminho que nem eu mesmo sabia, ó
é possível existir felicidade na miséria, na doença que condena, a insanidade cega
e me deixa acordado exausto, com os olhos ardendo as 3h, com as barata e os rato, questionando a própria lucidez!
não lembro a última vez que o acaso trouxe boas novas
mas todo dia novidade quando o fone toca
vem pra despertar seu instinto suicida adormecido
te matar de desanimo, só, num quarto indeciso
esquecendo num surto a maior riqueza do mundo é a vida
que ciência nem crença alguma sintetiza
agradece se o ato que da sua mãe arrancou lágrimas
te deu o dia seguinte pro cê reverte as falhas
nem sempre o amor tá num sorriso, a mão que acaricia
um beijo me matou, mas seu desprezo me deu vida
sepultado num quarto e cozinha alugado
ou sem geladeira tentando salvar a mistura numa caixa de isopor
[refrão – jota ariais]
as vezes a dor que sinto faz esquecer teu sorriso que não me deixa desistir
vou te dar um abraço enquanto estiver aqui
te dar um beijo enquanto te vejo dormir, sem tentar entender
[verso 2 – reinaldo]
tudo que eu mais preciso agora é o que não traz saudade
é quente, o homem também chora escondido feito um covarde
onde esta você agora?
errei, eu sei, e quando tento consertar, erro outra vez
é quando nada faz sentido, me desconheço
é quente, o tempo sara tudo mas exige um tempo
é difícil, que que eu fiz comigo? vai vendo
mal sabe os loque que no olhar ataca e contra torce
o quanto consome os corre da caminhada sem sorte
mal sabe as crise que concebe os m-n-scrito triste
o lirismo do errante empírico, não tá pelas de vinte
no mesmo teto que choro testemunhou em tempestade
as parede com as teia negra, de lodo e umidade
não as gerações futuras não deveriam chorar
pelas mesmas angústias que um dia vi minha mãe tentar se matar
e sempre falta alguém, até festas são depressivas
eu sei que as luzes de natal, traz mais tristezas que alegria
resta saber quantos abraços adiados ainda se converterão em flores numa tattoo que homenageia
nas madrugada cinza, as soma das incertezas
o silêncio me explica
é cada um com seus problema
no álb-m de família, as mil faces da frustração
um cemitério infeliz, que esperou a vida da condição!
e sigo onde só seu sorriso conforta minhas dores
tentando converter amores em valores
pra não morrer dentro de um cofre só, sem fome
compreendendo que nem só de pão viverá o homem
nem sempre o amor tá num sorriso, a mão que acaricia
um beijo me matou, mas seu desprezo me deu vida
tentando descobrir se é pior a solidão do quarto ou a saudade de quem tá do lado!
[refrão – jota ariais]
as vezes a dor que sinto faz esquecer teu sorriso que não me deixa desistir
vou te dar um abraço enquanto estiver aqui
te dar um beijo enquanto te vejo dormir, sem tentar entender
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