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letra de cancro - 5° elemento

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[1° verso: bull]
grandes h0m- sapiens se reúnam em conjunto
é um breve parecer, vou direto ao assunto
tentam me acabar mas vocês se acabam junto
e quando eu ficar doente vocês já serão defuntos
á caminho do escuro vocês vivem alienados
sonham com um futuro que não será alcançado
com a ambição de povoar todo santo metro quadrado
não que eu esteja preocupado, o de vocês está guardado

[interlúdio]
esse aquecimento global não foi produzido pelo homem
o homem não tem absolutamente nada a ver com isso
o co2 não controla o clima local…
[2° verso: bull]
cala boca, to sеm paciência pra sua ciência
sua deficiência não é no corpo e sim na consciência
sua ignorância só não é maior do que a distância
quе tomam pra ver os erros que cometem em abundância
vai se achando o tal, vai, acha que é legal
que é o centro universal, se sente superior
o teu diferencial vai ver que é letal
vão se afundar no caos com o polegar opositor
“cérebro desenvolvido” pensamento atrevido
que adianta ter cabeça se não dá o uso devido?
“cérebro desenvolvido” afirmação atrevida
cada morte de um ser vivo é um dia a menos em suas vidas

[interlúdio]
– vocês tão bobeando
– vocês tão brincando com a vida…
– com a própria vida

[3° verso: bull]
sempre proporcionei equilíbrio e vida farta
sempre fiquei quieto, agora é eu que dou as cartas
esse é um desabafo de quem aguenta um ser cretino
to aqui hà muito tempo e num momento repentino
vi crescer esse ser que chegou num belo dia
no início até achei interessante o que fazia
fogo com pedras, grupos bem organizados
suas histórias e sentimentos em cavernas desenhado
foi crescendo a quantidade dessa especie evoluída
se empolgando a cada descoberta nova adquirida
foi se revelando a cada geração que vinha
se alastrando e contraindo vícios, saindo da linha
hoje se acha superior que as espécies ao seu entorno
e põe a culpa no universo se o clima fica um forno
se desesperam quando eu mando um aviso
falam que os furacões e as enchentes dão prejuízo
mas quem fala em prejuizo muito já predicou
e o ser humano então começa a colher o que plantou
ae sujou, moscou, receba o que cativa
a mama acordou e vai deixá-los à deriva
[4° verso: bull]
vão morrer de sede ilhados pelas águas poluídas
dias quentes insuportáveis noites frias mau dormidas
transgênicos, microondas, agrotóxicos na comida
vão sofrer com as doenças e me implorar por vida
controle de natalidade acham que é frescura
quer aproveitar a idade enquanto a _ tiver dura
muitos filhos, ter fartura e luxúria te en0brece
e o esgoto in-natura vai pro rio que te abastece
quero ver respirar com a flora toda exterminada
quero ver se alimentar se toda a fauna for caçada
nas calçadas de concreto e atmosfera degradada
quero ver comer dinheiro quando não sobrar mais nada!!

[outro]
– vocês são parasitas detonando o hospedeiro
– vão patrocinando o próprio caos com o seu falso dinheiro
– com sua obcessão por um consumo inconsciente
– esse egoísmo de querer sempre mais do que precisa realmente
– vocês nem se dão conta, não estão vendo
– estão muito ocupados, mas a avalanche vai crescendo
– voces esquecem que quem não se adapta aqui é eliminado
– sempre foi assim, essa é a lei que aqui tem reinado
– eu, a mãe terra, continuarei
– com ou sem a presença de vocês!

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