letra de esboço de ódio - 16 beats
[verso 1]
isso tudo pra mim é um inferno
eu tô começando a crer nessa tese
de nada vai valer isso tudo
se não tiver amor, então foda-se sua prece
tem uns dias que scank se foi
eu não consigo acreditar
sono não vem, ficha não cai
a rua perdeu mais um basquiat
você escolhe o passo
escolhe o destino
também escolhe o estado genocida que tem
não vem com essa de fogo amigo
político é inimigo
ladrão de terno é a pior raça que tem
meus ancestrais resistiram, sobreviveram
por mais esforço que eu faça ainda é pouco irmão
por isso deposito o coração nas linhas
não dependo de partido
foda se sua opinião
[refrão]
e, eu, sigo pelas ruas banhado de ódio
trago nos ombros peso dos irmãos mortos
lembranças, vidas, sonhos, tudo interrompido
mataram um dos nossos…
uma luta cada dia infinita
a rua me fez sangue nos olhos
vai desculpando meu jeito de ser
as vezes nem eu me suporto
e, eu, sigo pelas ruas banhado de ódio
trago nos ombros peso dos irmãos mortos
lembranças, vidas, sonhos, tudo interrompido
mataram um dos nossos…
uma luta cada dia infinita
a rua me fez sangue nos olhos
vai desculpando meu jeito de ser
as vezes nem eu me suporto
[verso 2]
eu só peço que nunca me falte amor
que não me falte disposição na guerra
quantas vezes vocês miraram na minhas costas?
quantas vezes vocês erram?
ninguém aqui vai ficar pra s-m-nte
tô aprendendo isso desde cedo
meus irmãos, pato, tom, elton, hebert
muitos outros que partiram sem medo
que morreram cedo…
a lágrima ainda pinga no retrato
primeiramente ter vergonha na cara
o nosso sofrimento nunca foi teatro
nem, trampolin eleitoral
aonde educação nunca é prioridade
nos assassinam em quantidade
segue fechando escolas por toda cidade
e, eu, não me vejo livre
esse “lacre” de empoderamento é falso mano
vocês coloca preto no clipe
mas no fim das contas se casa com marido branco
meu mano surto, morreu de depressão
nesse mundo aonde o “like” acompanha solidão
duvido muito que meus ancestrais
teriam cara de pau de entregar flores pra policiais
[refrão]
e, eu, sigo pelas ruas banhado de ódio
trago nos ombros peso dos irmãos mortos
lembranças, vidas, sonhos, tudo interrompido
mataram um dos nossos…
uma luta cada dia infinita
a rua me fez sangue nos olhos
vai desculpando meu jeito de ser
as vezes nem eu me suporto
e, eu, sigo pelas ruas banhado de ódio
trago nos ombros peso dos irmãos mortos
lembranças, vidas, sonhos, tudo interrompido
mataram um dos nossos…
uma luta cada dia infinita
a rua me fez sangue nos olhos
vai desculpando meu jeito de ser
as vezes nem eu me suporto
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