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letra de somos sobreviventes - filosofia urbana

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[interlúdio: jair prestes junior]
aqui é o jair prestes junior
escapei da morte, é
escapei… da mão de polícia
chegou uma hora eu falei: não quero mais isso pra mim
mais de 10 anos limpo já
quando eu nasci, o médico falou que eu não ia durar 2 anos de idade
errado!
somos um milagre desde o início
nós somos sobreviventes

[1° verso: rafa]
uhn
como algo que brilha no meio do escuro reflete chamando atenção
cada passo dado, trago fatos sem devolução
pela noite largado, fissura, um atleta da kriptonita
subindo e descendo biqueira, todo zuado sem banho a dias
uhn, uma mente confusa, o mal ganhando espaço
o mundo tá acabando e ele quer mais um trago
sem amor, nem pudor, a friaca é de dentro pra fora
tipo ciclone, vicio maldito, o crack devasta por onde passa
uhn, um atalho, neblina, na frente não vê o declive
tem, quem ganha pra te viciar, quem paga caro, e quem patrocina
só que o mundo deu voltas, a ‘drop’ chegou nas mansão
fisgando o filho amado do boy, isso pra nóis nunca foi exceção
tem quem bola nas cinzas é fato, grama na ponta da faca
a mesma pedra que tá no cachimbo é a mesma que mata na lata
hoje é toxico, tem narcótico, dependente é mato no seu quintal
morador pegou, tendo ato falho, boca na botija, rato no varal
[interlúdio: tba]
quando eu conheci o crack, que eu comecei a fumar com 26
tudo que eu tive na minha vida… eu perdi
eu tive carro, eu tive… eu tive moto
eu tive tudo dentro de casa, do bom e do melhor
televisão, som, bicicleta
cara eu perdi tudo!
por causa do maldito crack
eu virei um nóia
eu comecei a sair à noite, e dormir de dia
aí, eu destruí minha família
meu pai, minha mãe, já não me suportavam mais
eu comecei a roubar, comecei a mentir
eu comecei a… calotear
acho que uns 3 a 4 anos usando essa porcaria aí
e não tava nem aí, não tava nem aí mesmo
aí um dia eu entrei naquela porta da igreja
eu entrei lá dentro e me ajoelhei e pedi pra deus
deus, me ajuda a sair dessa

[2° verso: keto]
vicio que mata na boca da lata traga sua vida família maltrata
junto dos ‘parças’, nos becos e praças, avistou viatura dispensa, disfarça
essa vida é uma farsa, debito é uma forca
inimigo é de graça, vem, vem na ponta da lança
e na balança o peso é desigual
traficante é pobre, usuário é pobre
e o lucro do n0bre que foge deixando pra trás, um rastro mortal
são truques e luxos, fabricam defuntos
milícia que mata, mídia que fala, e manipula o assunto
milhares de vidas jogadas as traças a troco do seu, terno e gravata
do carro blindado, modelo do lado, da sua mansão em caracas
são manos e minas de almas feridas amassando a lata, batendo as cinzas
depois da fumaça vem a adrenalina, pupila dilata tá na sintonia
na viagem pro além, bem, bem, além da sua mente
nos calabouços da alma, bem longe da calma onde está consciente
são vários sonhos perdidos na vida daquele moleque comum
que de tempos em tempos se ergue e renasce das cinzas, refaz cada um
pensar no futuro, perdidos em dois mundos protagonizando seu drama
num quarto escuro, silencio profundo, uma lagrima ele derrama
aos pés da sua cama ele clama: “senhor, preciso largar esse vício”
resgatar minha vida, minha autoestima, tirar meus irmãos do abrigo
sei quanto errei, tudo que passei, só tu, esteves comigo
minha proteção, minha razão, na qual ainda estou vivo
[outro: dona iolita]
eu sou a mãe do junior
que acabou de dar o depoimento pra vocês
como ele disse, a gente é vencedores
de uma coisa muito terrível, que leva o viciado e a família a ruina
mas, eu apostei que tudo ia dar certo…

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