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letra de ar - douglas de paula

[verso 1: darthayan]
vestindo a carapuça de eterno navegante
vento inconstante, contraalisio e variante
em quantas emoções plano brisa
vento solar, la alquimia
junto correria por motivo distinto
agradece eterno pelo corre absorvido
nordeste é o mangue e o sangue é latino
latindo mais alto pra que seja ouvido na lua
espaço no game n-gg- é o que tu quer
sorrisos belos e o amor de uma mulher
hélios, zéfiros, soprem os ventos poesia de escória
mitologia do novo milênio

[verso 2: aron]
o ar não espera ninguém
é como vento, vai e vem, voar além
transição vietnamita
quando a febre embaça, a brisa ameniza
lágrimas são lágrimas, barco no cais a navegar
não vai parar, quem vai negar, vento vai levar
essencial pra mim como o respirar

[ponte: aron]
como o sopro de odin corro por mim
igual a mim tem mil neguim por ai (2x)

[verso 3: darthayan]
escravidão não acabou, capitalismo que ganhou
trocou a tua mente por um roteador
fez de algemas o que era facilitador
ilusão de soltar pipa, no ventilador
que não produz uma aurora boreal
sem reflexo, não se projeta no astral
por mais que a verdade não seja tão amigável
o vento leva ao norte, certeza mais que agradável
pois já sou adulto e tenho vida, que fita
e pros que sobrevivem, apenas viva
novas cores e momentos, suave como o vento

[verso 4: aron]
como o sopro de odin corro por mim
igual a mim tem mil neguim por ai
abrindo e fechando as portas
fazendo as track, aumentando a aposta
e o que importa se vão falar
a vida é curta minha cara é aproveitar
quem vai tá lá pra somar
quando o jogo não virar, só tempo é quem dirá
lágrimas são lágrimas, barco no cais a navegar
não vai parar, quem vai negar, vento vai levar
essencial pra mim como o respirar…
respirar…

[outro: aron e darthayan]
o ar… o mangue… voar além… o novo milênio…

- douglas de paula

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